Nesta terça-feira (27), a Receita Federal realizou a Operação Patrão nesta terça-feira. A ação contou com o apoio da prefeitura de São Paulo e aconteceu em um imóvel de grandes dimensões localizado na zona sul da cidade e que estaria sendo utilizado para armazenagem e distribuição de mercadorias ilegais.
O nome da operação faz referência ao suposto responsável pelo estabelecimento ilegal, que seria o real proprietário de diversos bens de luxo.
O depósito, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, tem quatro andares. A estimativa é que haja no local 1,5 milhão de pares de tênis falsificados, com valor de mercado avaliado em R$ 112 milhões. Também foram encontrados 100 computadores, que seriam utilizados para a realização de vendas on-line. No local, funcionavam ainda uma transportadora e um posto para envio das remessas. Essas características fazem da operação a maior já realizada envolvendo a apreensão de mercadorias contrafeitas para venda em e-commerce.
De acordo com as investigações, os bens de propriedade do responsável pelo estabelecimento foram adquiridos com recursos ilícitos e registrados em nome de terceiros. Além da perda das mercadorias apreendidas – o que gera prejuízo de milhões de reais para o crime organizado – os responsáveis serão representados pelos crimes de contrabando e outros correlatos.
A Prefeitura de São Paulo apoia a ação por meio da Subprefeitura de Santo Amaro, que auxilia na logística de remoção das mercadorias, e da Guarda Civil Metropolitana, que preserva o perímetro do local garantindo a segurança das diligências. De acordo com a prefeitura, o imóvel será interditado.
As práticas identificadas pela Receita Federal lesam os comerciantes, importadores e produtores brasileiros que atuam de forma correta, subtraem os empregos legítimos e sonegam tributos, que deixam de ser recolhidos aos cofres públicos. Com isso, são violados direitos autorais e de marcas, desestimulando o investimento por empreendedores legítimos no Brasil. Há, ainda, violação de direitos dos consumidores, que adquirem produtos clandestinos que não atendem aos requisitos de segurança.
Com informações do Ministério da Economia