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Brasil

Promotoria pede internação de adolescente que matou professora

O Ministério Público pediu nesta terça (28) a internação provisória do adolescente que matou a professora Elisabeth Tenreiro

FolhaPress

28/03/2023 20h01

Foto: Reprodução

São Paulo, SP

O Ministério Público pediu nesta terça (28) a internação provisória do adolescente que matou a professora Elisabeth Tenreiro, 71, na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste paulistana. Agora, o pedido aguarda a decisão do Tribunal de Justiça.


A solicitação foi feita pela promotora Luciana de Paula Leite Rocha Del Campo, da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital.


Também nesta terça, a Promotoria publicou uma nota lamentando o episódio e afirmou que continuará atuando para que casos semelhantes se repitam.


“A injustificável situação de violência noticiada reforça a necessidade de robustecer os mecanismos de proteção da escola e de pacificação dos conflitos na escola”, disse a instituição


O Ministério Público afirmou que o Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação) instaurou um procedimento para avaliar esses e outros aspectos do funcionamento da escola e das circunstâncias que possam ter contribuído para o “execrável desfecho violento”.


O ATAQUE


Na manhã de segunda-feira (27), o estudante do oitavo ano do ensino fundamental matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, 71.


Câmeras de segurança registraram o momento dos dois ataques. O adolescente usava uma máscara de caveira, entrou correndo na sala de aula e parte para cima da professora Elisabeth, que estava em pé.


A docente, que não percebeu a aproximação do aluno, foi atingida violentamente por diversos golpes nas costas e caiu no chão. Em desespero, os alunos tentaram sair da sala, e alguns foram atacados pelo estudante.


Um segundo vídeo mostra o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta se proteger com os braços. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.


O aluno agressor era novato na escola. Foi transferido para lá no início de março, após uma funcionária do colégio anterior registrar um boletim de ocorrência relatando comportamento agressivo do estudante, que vinha “postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos”.


Apesar desse histórico, o secretário estadual de Educação, Renato Feder afirma que a nova escola “foi pega desprevenida”. “Nesse período de permanência, a diretora não recebeu nenhum aviso e nem [teve] ciência de nada que chamasse atenção”, declarou.

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