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Brasil

Prodecon investiga empresas de crédito por suposto bloqueio ilegal de celulares

Além da Serasa, são investigadas as empresas Supersim Análise de Dados, Banco CBSS, Banco Votorantim, Banco Pan, Finamax e Socinal Financeira

Redação Jornal de Brasília

07/02/2022 18h58

MPDFT

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Um suposto bloqueio ilegal de aparelhos celulares por empresas de crédito será investigado pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), que abriu inquérito civil público para o caso.

A informação obtida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) é que a Serasa, ao atuar como correspondente bancário e conceder empréstimos, condiciona o serviço ao uso de um aplicativo que permite o bloqueio remoto do telefone celular do consumidor.

Diante de eventual inadimplência, o aparelho é travado pela empresa e o cliente tem acesso somente a ligações de emergência.

Além da Serasa, são investigadas as empresas Supersim Análise de Dados, Banco CBSS, Banco Votorantim, Banco Pan, Finamax e Socinal Financeira. Segundo a Prodecon, há indícios de desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor e à Lei Geral de Proteção de Dados.

O objetivo do inquérito é analisar o funcionamento do aplicativo de bloqueio de dados e verificar se são usados mecanismos ilícitos para interferência remota em bens particulares.

Segundo informações apuradas pela Prodecon, a Serasa oferece empréstimos por meio da Serasa eCred, que, por sua vez, atua como correspondente bancário dos bancos CBSS, Votorantim, Pan e Finamax.

A empresa também menciona explicitamente o aplicativo produzido pela Supersim, que atua como correspondente da Socinal Financeira.

A Serasa e a Supersim têm dez dias para informar à Prodecon se têm autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para bloquear aparelhos celulares. Também devem apresentar o número e a data de início dos contratos assinados que preveem o uso do aplicativo como garantia. A abertura do inquérito também foi comunicada à Anatel, que deve informar se existe autorização para a prática ou investigação sobre o tema.

*Com informações do MPDFT

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