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Brasil

Policial mata namorada e se suicida durante festa universitária no interior de SP

Agência Estado

23/10/2016 17h30

A universitária Mariana Angélica Fidélis Damasceno foi morta pelo namorado, que era policial. (Foto: Reprodução/ Facebook)

O policial militar Wellington Aparecido Landim, de 24 anos, matou com um tiro a estudante de Direito Mariana Angélica Fidélis Damasceno, de 22 anos, durante uma festa universitária, neste sábado, 22, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Em seguida, o policial usou a mesma arma, uma pistola calibre ponto 40, para se suicidar, atirando contra o próprio corpo.

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas disseram que os dois eram namorados e teriam chegado juntos à festa. No início do ano, Mariana tinha dado queixa à polícia contra Landim por ameaça.A estudante ia se formar este ano na Universidade do Vale do Paraíba (Univap). Ela e o policial participavam da festa Celebra, um churrasco de pré-formatura, numa chácara da Vila Rossi, zona norte da cidade, quando tiveram uma discussão.

Conforme as testemunhas, Wellington sacou a arma e disparou dois tiros contra a jovem. Um deles atingiu Mariana na cabeça. Em seguida, ele virou a arma contra o próprio corpo e fez novo disparo, na frente de várias pessoas. Os dois morreram na hora. A cápsula de uma das balas atingiu outro universitário de 22 anos, que se feriu levemente, mas passou por atendimento médico. Os corpos do policial e da estudante foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São José.

O corpo de Mariana era velado no início da tarde no Cemitério Parque das Flores, na zona sul, onde foi sepultado às 17 horas. O corpo do policial foi encaminhado para o Cemitério Municipal de Arantina, em Minas Gerais, e foi enterrado no fim desta tarde. Ele estava há pouco mais de dois anos na corporação e, naquela noite, não estava em serviço.

A empresa organizadora do evento, Atlas Imagem e Cia, informou que o policial era convidado da estudante para a festa. Segundo o advogado da empresa, Jamil José Saab, os seguranças insistiram para que ele deixasse a arma no veículo, que ficaria sob vigilância no estacionamento, mas ele se negou, invocando o fato de ser policial. A Secretaria da Segurança Pública informou que todas as circunstâncias que envolvem o caso estão sendo investigadas. A arma do policial foi apreendida e vai passar por perícia.

Ameaça

Wellington e Mariana se relacionavam desde 2013, mas amigos dela dizem que o policial era muito ciumento e possessivo. Em fevereiro deste ano, após terminar o namoro, a jovem registrou boletim de ocorrência da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São José contra o rapaz, alegando estar sendo ameaçada. De acordo com a Polícia Civil, o registrou faz referência a um áudio enviado por Wellington a uma amiga de Mariana no qual se refere a uma suposta traição e ameaça dar uns tiros nela.

A Justiça concedeu medida protetiva obrigando o policial a manter distância de 300 metros da jovem, mas o casal acabou reatando o namoro. O crime seguido de suicídio chocou amigos e conhecidos das vítimas. Pessoas que estavam presentes na festa disseram que, antes do crime, o casal dançava muito descontraído.

“Tão jovens e lindos, o que está acontecendo com o mundo? Tudo isso é muito triste”, escreveu Daliana Cardoso. Outros amigos, porém, relataram um relacionamento conturbado, em que o rapaz insistia para que se casassem, enquanto ela estava mais preocupada com a futura profissão. Parentes de Mariana, procurados pela reportagem, não quiseram se manifestar. A reportagem não conseguiu contato com a família de Landim. Fonte: Estadao Conteudo

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