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Brasil

Polícia prende suspeito de matar e enterrar corpo de ex-mulher em quintal no RJ

De acordo com a mãe da vítima, Liliane Barbosa, o corpo estava escondido sob o alicerce da casa, debaixo de três camadas de cimento

Redação Jornal de Brasília

01/02/2024 17h57

Foto: Reprodução

BRUNA FANTTI

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (31) Rafael Pereira da Silva, 30, por suspeita de matar a ex-mulher, Letícia Barbosa Leite da Silva, 29. Ela foi encontrada enterrada no quintal da casa dele no último dia 26, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

De acordo com a mãe da vítima, Liliane Barbosa, o corpo estava escondido sob o alicerce da casa, debaixo de três camadas de cimento. As mãos da jovem, ainda segundo a mãe, estavam amarradas e, na cabeça, havia um saco plástico.

O corpo foi encontrado pelo irmão, que pulou o muro da casa, após dez dias do registro de desaparecimento de Letícia.

A perícia apontou que a jovem estava viva ao ser enterrada. Em nota, a polícia disse que a morte ocorreu por asfixia por contrição do pescoço e por soterramento.

Segundo a polícia, Silva disse que decidiu ir à delegacia para dar a sua versão por saber que seria preso -o suspeito ainda não tem advogado.

“Inicialmente, contou diversas versões inverídicas. Durante o depoimento, foi contradito pelos policiais civis e acabou confessando o crime”, declarou a corporação, em nota.

Uma discussão sobre a guarda de um dos dois filhos, ainda de acordo com a polícia, motivou o crime.

A mãe da vítima afirmou que a filha mantinha um relacionamento instável com o ex-marido. “Ele dava socos nela, nas costelas dela. Ela ficava toda roxa e não falava nada, ficava quieta e com a cabeça baixa. Não queria denunciar. Não estavam juntos, mas tinham idas e vindas”, disse. Ainda de acordo com a mãe, o casal se relacionava havia nove anos.

Além dos dois filhos com o ex-marido, Letícia deixa uma terceira criança, de outro relacionamento. O corpo da jovem foi enterrado no sábado (27).

A reportagem perguntou à polícia se agentes foram até a casa do suspeito procurar pela vítima. Um dos investigadores afirmou que todas as diligências foram realizadas, mas não quis comentar o fato de não ter sido notado cimento fresco no quintal da residência. Já a mãe da vítima afirma que a polícia não foi ao local.

De acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública), no ano de 2022, 111 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro, ante 85 casos no ano anterior. Os dados de 2023 ainda não foram consolidados.

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