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Brasil

Operação em SP mira desvio milionário de dinheiro ao exterior por criptomoedas

Operadores financeiros alvos dessa fase foram responsáveis pela circulação de quase R$ 500 milhões em duas contas bancárias

Redação Jornal de Brasília

02/08/2023 14h31

Foto: Receita Federal/Divulgação

Francisco Lima Neto
São Paulo, SP (Folhapress)

A Receita Federal e a Polícia Civil cumprem nesta quarta (2) sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e Guarulhos contra suspeitos de serem operadores financeiros de um esquema milionário de remessas de dinheiro ilícito ao exterior.

Os mandados são cumpridos na segunda fase da operação Fractal, que aponta que o dinheiro movimentado serve aos interesses do crime organizado, como facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e contrabandistas de produtos importados.

Segundo a investigação, operadores financeiros alvos dessa fase foram responsáveis pela circulação de quase R$ 500 milhões em duas contas bancárias, de duas empresas de fachada. Os valores depositado eram pulverizados em outras contas, visando dificultar seu rastreamento, e depois eram remetidos ao exterior. Todo o montante tem, origem ilícita, segundo a Receita.

Os valores sonegados nas transações investigadas nessa fase da operação ultrapassam R$ 100 milhões, segundo estimativa da Receita Federal.

O nome da operação está relacionado à forma de atuação da organização. Até ser remetido para fora do país, por meio de operações com criptomoedas, o dinheiro passava por dezenas de empresas inidôneas, estruturadas em níveis que se assemelham a um fractal, objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original.

A primeira fase da operação foi deflagrada em outubro de 2022 e teve como alvos contribuintes que criavam e administravam formalmente as empresas de fachada, denominados “operadores formais”. Na segunda fase, os alvos são os operadores financeiros dessas empresas. São essas pessoas que possuem acesso às contas bancárias, fazem o dinheiro circular entre as várias empresas e são a principal interface com os verdadeiros beneficiários do esquema.

Os suspeitos do esquema foram identificados com o avanço das investigações e com base em informações obtidas nos materiais apreendidos na primeira fase, bem como em procedimentos fiscais em andamento.

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