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Brasil

Mães de crianças com TEA relatam falta de auxiliares nas escolas de Maceió

Segundo a responsável, ela e outras mães procuraram a Secretaria de Educação para pedir pelos auxiliares, mas a pasta pediu para “aguardar”

Geovanna Bispo

25/04/2024 15h16

Foto: Divulgação

Um grupo de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se reuniu para cobrar o governo de Maceió (AL) pela falta de auxiliares de sala nas escolas da rede pública de ensino, o que tem impedido de seus filhos terem aula. Nesta quinta-feira (25), elas se reuniram para protestar em frente à prefeitura, na tentativa de uma reunião com o prefeito JHC (PL).

Desde o último dia 15, as mães começaram um movimento nas redes sociais com vídeos mostrando seus filhos pedindo para voltar para a escola e as mesmas cobrando o governo local. “Prefeito, eu quero ir para a escola!”, diz Pietro, de 3 anos, em um vídeo divulgado pela mãe, Andressa Bezerra.

Segundo a responsável, ela e outras mães procuraram a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para pedir pelos auxiliares, mas a pasta pediu para “aguardar”. “A escola me informou que foi passado a necessidade de uma auxiliar para meu filho, porém precisávamos aguardar. O pai do meu filho também foi na secretaria e informaram a ele que não tinha nem previsão e que tínhamos que esperar”, conta a mãe.

De acordo com a Lei número 12.764/2012, que estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, o autista “terá direito a acompanhante especializado em sala de aula”.

Ainda segundo Andressa, ao procurar a diretoria da escola em que Pietro estuda, a responsável afirmou que, caso não conseguisse uma assistente para acompanhar a criança, seria necessário pedir ajuda de familiares. “A diretora da escola me informou que iria fazer o possível para ficar com meu filho na escola, mas que se a professora da não conseguisse, teria que pedir ajudar aos nossos familiares. Eu não tenho condições de ficar, nem o pai e nem a avó”, explica.

Na turma de Pietro, além dele, que já é diagnosticado desde 1 ano, ainda existem outras quatro crianças com suspeita de também ter o TEA.

Com problemas semelhantes, há Elivania Dantas, mãe de Miguel, de 4 anos. Segundo a responsável, a resposta do colégio é a mesma da recebida por Andressa: esperar. “O que a escola fala é que há uma lista de alunos que já estão aguardando e que provavelmente eu ficarei no aguardo por mais tempo”, diz.

Em nota, a Secretaria de Educação (Seduc-AL) afirma que realiza um processo para a contratação de 758 profissionais da Educação Especial, incluindo os de apoio escolar. “A Secretaria de Estado da Educação (Seduc-AL) informa que está com um processo seletivo simplificado em andamento para a contratação de 758 profissionais da Educação Especial, incluindo os de apoio escolar (auxiliares de sala). O PSS encontra-se na fase de homologação. Quando concluída, esses profissionais serão convocados para atuarem nas escolas da rede estadual de ensino, a fim de suprir a aludida carência, o que deve ocorrer já nos próximos dias”.

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