Nesse domingo (27), Ruan Rocha Silva, o jovem que teve a frase “eu sou ladrão e vacilão” tatuada na testa em 2017, foi preso em flagrante depois de uma tentativa de furto a uma casa no Jardim Stella Maris, em Cotia, São Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, moradores do imóvel acionaram guardas municipais. Eles disseram que o rapaz pulou a janela do banheiro e foi encontrado na sala por volta das 6h. Nenhuma vítima ficou ferida.
Depois de ser encaminhado à UPA Atalaia para atendimento médico, Ruan foi conduzido à delegacia da cidade. O caso foi registrado na delegacia de Cotia como furto e captura de procurado. Agora, a disposição da Justiça, o jovem passará por audiência de custódia.
Relembre o caso
Em julho de 2017, o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis e Ronildo Moreira de Araújo tatuaram a testa de Ruan com a frase “eu sou ladrão e vacilão”. Eles foram condenados pelos crimes de constrangimento ilegal e lesão corporal gravíssima.
De acordo com Maycon e Ronildo, o adolescente, que na época tinha 17 anos, tentou furtar uma bicicleta na região. Após o ocorrido, eles ficaram revoltados e “resolveram tatuar o mesmo como forma de punição”.
No entanto, Ruan negou que tinha roubado uma bicicleta de um deficiente físico. “Eu estava bêbado, esbarrei na bicicleta e ela caiu”, disse.
Com a repercussão do caso, uma vaquinha na internet foi criada pelos responsáveis do coletivo Afroguerrilha na intenção de ajudar Ruan a custear um procedimento para retirada da tatuagem na testa. Após sessões, a tatuagem foi removida da pele do rapaz.
Drogas e crimes
Ruan tem um histórico de problemas com dependência química e envolvimento em crimes de furto. O jovem já foi internado durante 16 meses em uma clínica de Mairiporã para o tratamento contra vício de crack e álcool.
Em 2018, o rapaz foi preso em flagrante por furtar desodorantes de um supermercado em Mairiporã. Em 2019, Ruan foi detido por furtar um agasalho e um celular em uma unidade de saúde, em São Bernardo do Campo. No mesmo ano, ele foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão.
O jovem não pode recorrer em liberdade devido a uma decisão da Justiça. Segundo a julgadora, o réu era perigoso para conviver em sociedade.