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Brasil

Fraude previdenciária causou prejuízo de R$ 71 milhões

Mais de 120 policiais estão nas ruas cumprindo 38 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão e um de afastamento de cargo público

Camila Bairros

07/11/2023 9h07

Foto: Polícia Federal

Na manhã desta terça-feira (7), a Polícia Federal, com apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), deflagrou a operação Fictus, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na prática de fraudes de benefícios em prejuízo ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Mais de 120 policiais estão nas ruas cumprindo 38 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão e um de afastamento de cargo público, nos municípios de Parnaíba-PI, Teresina-PI, São Luís-MA, Bacabal-MA, Codó-MA, Grajaú-MA, Pedreiras-MA e Trizidela do Vale-MA.

De acordo com a investigação, as fraudes ocorriam mediante a criação de “idosos fictícios”. Por meio da falsificação de documentos de identificação civil, os criminosos pediam o benefício previdenciário e de natureza assistencial. Além disso, ocorria a reativação de benefícios cessados de pessoas falecidas por meio de prova de vida bancária, a partir da juntada de documentos de identidade falsos e comprovante de endereços falsos, inclusive, alguns com dados dos próprios investigados.

Um dos líderes da organização criminosa foi preso em flagrante em Bacabal-MA, quando tentava sacar benefício instituído em nome de pessoa fictícia, no ato representado por um idoso (“ator”). Houve ainda, em dado momento da investigação, a tentativa de destruição de provas.

As apurações identificaram ao menos 505 benefícios com indícios de fraudes ligados aos investigados. O prejuízo causado pelo esquema criminoso ao INSS está estimado em pelo menos R$ 71 milhões. A economia com a suspensão desses benefícios é estimada em mais de R$ 44 milhões.

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens e valores de quantia superior a R$ 71 milhões, montante referente ao prejuízo atual dos benefícios cujos indícios de fraude foram identificados até o momento.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

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