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Brasil

Ex-deputada Flordelis é presa 48 horas após cassação

Pouco antes de ser presa, Flordelis postou um vídeo nas redes sociais em que ela afirma que “chegou o dia que ninguém desejaria”

Marcus Eduardo Pereira

13/08/2021 19h09

Após sofrer com a cassação de seu mandato como deputada federal, Flordelis dos Santos de Souza foi presa em casa no início da noite desta sexta-feira (13). A ex-parlamentae teve a prisão preventiva decretada pouco antes. A decisão veio 48h depois de o mandato de Flordelis ser cassado na Câmara dos Deputados.

Pouco antes de ser presa, Flordelis postou um vídeo nas redes sociais em que ela afirma que “chegou o dia que ninguém desejaria”. Na mensagem, a pastora pede orações aos seguidores:

“Olá, gente. Chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que eu não fiz, por algo que não pratiquei. Eu não sei para quê, mas estou indo com força e com a força de vocês. Orem por mim. Orem, orem. Uma corrente de oração na internet. Busquem a Deus, está bom? Um beijo, amo vocês”, diz Flordelis na gravação.

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão preventiva da ex-deputada, denunciada em abril do ano passado pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza. Flordelis nunca chegou a ser presa em razão da imunidade parlamentar. Com a cassação do mandato aprovada nesta semana pelo plenário da Câmara dos Deputados, a Promotoria fluminense decidiu pleitear a preventiva.

Entre os argumentos usados pelo MP estão uma suposta tentativa de embaraçar as investigações e a “gravidade da conduta criminosa”. Ela foi apontada na denúncia como a mentora intelectual do crime.

“Ao longo de toda a persecução penal, que ainda não se findou, restou claro que a liberdade da ré colocava em risco tanto a instrução criminal quanto a aplicação da lei penal. Mesmo sendo cabível e necessária a prisão preventiva, a sua decretação não foi possível, restando apenas a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, que, por sinal, nunca foram suficientes para o resguardo dos bens jurídicos”, escreveu o promotor Lucas Caldas Gomes Gagliano, que assina o pedido.

Habeas corpus

Antevendo a possibilidade de prisão, a defesa da ex-deputada entrou mais cedo com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar evitar uma eventual decisão desfavorável na Justiça do Rio.

Os advogados pedem que a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3.ª Vara Criminal de Niterói, seja impedida de dar qualquer decisão no processo até que seja julgado um pedido de afastamento da magistrada feito no mês passado.

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