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Brasil

Estudo indica uso de duas máscaras para aumentar eficácia contra coronavírus

Os experimentos ainda apontam que uma máscara cirúrgica bem ajustada ao rosto aumenta a eficácia para mais de 90%

Redação Jornal de Brasília

12/02/2021 18h33

Everton Lopes Batista

São Paulo, SP

O uso de uma máscara de tecido sobre uma máscara cirúrgica pode aumentar a proteção contra o coronavírus Sars-Cov-2, fazendo a eficácia subir para 90%, segundo um estudo conduzido pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos ) divulgado na quarta-feira (10). Se todas as pessoas na interação estiverem usando as duas máscaras, a proteção vai a 95%, diz a pesquisa.

Os experimentos do CDC também concluíram que uma única máscara cirúrgica mais ajustada ao rosto com o uso de um nó na orelha para eliminar os vãos entre a pele e a proteção também aumentam a eficácia da máscara para mais de 90%.

Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a máscara bem ajustada ao contorno do rosto previne o vazamento de ar nas bordas da proteção, o que evita a passagem de gotículas de saliva e de aerossóis -gotículas menores de saliva que podem ficar suspensas no ar por mais tempo. Quando expelidas por uma pessoa infectada pelo Sars-Cov-2, essas gotas minúsculas que contém o vírus podem passar a doença a quem estiver por perto e inalar o ar contaminado.

A transmissão pelo ar através de gotículas de saliva e aerossóis hoje é reconhecida pelos cientistas como a principal forma de circulação do vírus entre as pessoas. Assim, o uso de máscara é uma das principais armas para combater a pandemia.

Inicialmente indicadas para os infectados não expelirem o vírus, estudos recentes mostraram que as máscaras são eficientes para evitar a inalação das gotículas que podem carregar o patógeno para dentro do corpo. “As máscaras também ajudam a reduzir a inalação das gotículas da parte de quem usa o equipamento. A proteção individual aumenta quando mais pessoas usam as máscaras de forma consistente e correta”, afirmou o CDC em um boletim publicado em novembro de 2020.

“Até que seja alcançada uma imunidade induzida pela vacina, o uso universal de máscaras é um meio altamente efetivo para reduzir a disseminação do vírus Sars-Cov-2 quando combinado com outras medidas protetivas, como o distanciamento físico, evitar multidões e ambientes sem ventilação, e a boa higiene das mãos”, escrevem os pesquisadores no estudo divulgado neste mês.

“Esforços inovadores para aumentar o ajuste das máscaras de tecido e cirúrgicas e, assim, melhorar sua performance merecem atenção”, afirma o texto.

Os cientistas destacam no texto que o estudo tem limitações e seus resultados não devem ser generalizados -dizem respeito à performance relativa desses tipos de máscara. Os pesquisadores esclarecem que fizeram os experimentos usando apenas um tipo de máscara cirúrgica e um tipo de máscara de tecido dentre os mais variados disponíveis no mercado.

Estudos anteriores já indicavam que máscaras com mais camadas ofereciam maior proteção contra o vírus. Um dos artigos mais recentes, publicado em dezembro de 2020 na revista científica Aerosol Science and Technology por cientistas do CDC mostrou que máscaras feitas com três camadas de tecido de algodão têm poder para barrar 51% dos aerossóis que uma pessoa pode expelir em uma tosse. Uma máscara cirúrgica pode bloquear 59% dos aerossóis em uma mesma situação.

Médicos e cientistas alertam, porém, que a máscara deve ter camadas suficientes para proteger sem atrapalhar a respiração.

Especialistas também têm alertado desde o início da pandemia que as máscaras frouxas ou muito finas têm poder reduzido de proteger contra o coronavírus.

As informações são da Folhapress

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