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Brasil

Em uma semana, mortes por dengue na cidade de São Paulo sobem de 19 para 33

No ano inteiro de 2023, dez pessoas morreram em decorrência da doença

Redação Jornal de Brasília

01/04/2024 11h18

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

PATRÍCIA PASQUINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

De janeiro a 27 de março, a cidade de São Paulo registrou 33 mortes por dengue – aumento de 73,6% em uma semana. Outros 80 óbitos no município estão em investigação. As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado na manhã desta segunda-feira (1º).

Até o dia 20, a capital paulista contabilizava 19 mortes. No ano inteiro de 2023, dez pessoas morreram em decorrência da doença.

O número de casos aumentou 2.183%, se comparado o mesmo intervalo de 2023 -foi de 3.905 para 89.153 neste ano. É o maior número desde 2015 (43.055), quando o país viveu uma epidemia com muitos casos e mortes.

A epidemia de dengue cresce na cidade de São Paulo, que já tem incidência de 742,6 casos por 100 mil habitantes. A prefeitura decretou estado de emergência pela doença no dia 18 de março.

A piora da situação também pode ser percebida em cada um dos 96 distritos administrativos da cidade de São Paulo, -76 deles (79,1%) têm o coeficiente de incidência acima de 300. O coeficiente de incidência é um critério da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do Ministério da Saúde para classificar uma região como epidêmica quando há mais de 300 casos para 100 mil habitantes.

O Jaguara, bairro na zona oeste de São Paulo, tem a incidência mais alta do município: 6.852,1. Em 2023, fechou o ano com 656,6. Nem em 2015, quando o país enfrentou uma epidemia de dengue e a capital paulista contabilizou 103.186 casos, chegou a um patamar tão alto. Na época, alcançou 1.032,8.

Em segundo lugar vem São Miguel, na zona leste, com 2.672,5. São Domingos, na zona norte, é o terceiro distrito onde a doença mais se espalha. Lá já são 2.606,6 casos por 100 mil habitantes. Itaquera (2.131,8) e Jaçanã (2.073,4), nas regiões leste e norte, respectivamente, também estão com incidências expressivas.

A Secretaria Municipal da Saúde intensificou as ações de combate à dengue, de domingo a domingo, e com o aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas -passou de 2 mil para 12 mil. Somente neste ano, foram realizadas mais de 4 milhões de ações de combate ao Aedes aegypti na capital, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações.

A pasta também abriu tendas para atendimento a casos suspeitos de dengue e ampliou o horário das AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) em três horas. O funcionamento é até 22h.

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