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Brasil

Correios fecham 2021 com lucro recorrente recorde de R$ 3,7 bilhões

De acordo com a companhia, a empresa também zerou déficit de R$ 600 milhões com a operadora do plano de saúde

Redação Jornal de Brasília

17/03/2022 14h51

Carlos Alcanfor/Correios

Amanda Karolyne
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Com lucro histórico de R $3,7 bilhões, os Correios fecharam o ano de 2021. O número superou em 101% o valor apresentado em 2020. Pelo terceiro ano consecutivo, o resultado é positivo. Segundo a empresa, houve um saldo de R $3,1 bilhões, com uma evolução de 113% no indicador financeiro EBITDA (traduzida como Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). Com mais de 2,3 milhões em lucros líquidos, o presidente Floriano Peixoto aponta que fez o que tinha de ser feito, e que o momento é bom para a privatização.

Foram os melhores índices registrados nos últimos 22 anos. A gestão atual, liderada pelo presidente Floriano, têm tomado medidas, desde que assumiram a empresa, para alinhar as ações de modernização e adequação às exigências do mercado. Ações como: revisão de linha de negócios, renovação dos canais de atendimento, planejamento integrado da área de negócios e operações, melhoria de qualidade operacional, e aumento da receita de vendas.

Contribuindo para impulsionar a economia nacional, com o lançamento de novas plataformas digitais, alguns recordes foram alcançados no último ano. Foram 18,9 milhões de envios de encomendas só na semana da Black Friday, com 3,4 milhões somente em um dia. Ainda com o aumento de 40% do volume de encomendas, se comparado com o ano anterior.

Para Floriano (ao centro), os resultados obtidos são atribuídos à independência total que ele teve para conduzir a empresa. “Assim eu conduzi, inclusive na seleção da minha equipe. A nossa administração é uma administração honesta, com profissionais que se dedicam intensamente para cumprir a sua missão”, conta. Só com a revisão de contratos, Floriano ressalta, que foi gerada uma economia de 1,8 bilhões de reais. Ele cita ações que adequaram a empresa à realidade do país, como os investimentos que a empresa precisa. “Nós temos investido no que nós precisamos, não jogamos dinheiro fora. Investimos em tecnologia, em segurança. Como por exemplo, na renovação da frota de veículos, um passo que repercutiu internamente, tudo isso faz parte de um contexto grande que refletiu inclusive na autoestima dos nossos empregados”, afirma.

Segundo o presidente Floriano Peixoto, os argumentos apresentados como redução de custos, adequação dos contratos, e a extinção dos CorreiosPar, definem um estágio atual da empresa que é muito favorável à privatização dos Correios. “Mas nós trabalhamos muito no fortalecimento da empresa, e os resultados estão aí, e passamos a ser objeto de estudo do Ministério da Economia, atuando juntos, entregando dados para a composição do mesmo”, destaca. Ele acredita que são duas condições: a primeira é a empresa totalmente pronta e madura, mais favorável que há dois anos. “Temos também estudos que estão conduzindo, para se estabelecer as condições do que fazer com a empresa. Isso é muito controverso, se a empresa vale muito, esse é um bom momento para fazer o que o governo quiser fazer. Cabe a nós, fazer o que temos de fazer, tornar a empresa forte. A decisão não nos pertence”, frisa.

Ainda segundo ele, quando se fala de correios, é importante que a gente não se descole do passado, que não está longe e nos afetou. “Nós ainda estamos sepultando cadáveres antigos. A empresa é muito vulnerável. Não posso lhe assegurar o que acontecerá com a empresa daqui a cinco, dez anos. Mesmo assim, a empresa continuou sólida e avançando em outras frentes como maior operador logístico do hemisfério sul. O céu é o limite para os Correios, agora, dentro de uma gestão dedicada e transparente”, salienta.

A gestão de pessoas impactou diretamente o cenário de resultados positivos da empresa. Em 2021, os cursos de capacitação dados pela empresa, tiveram a participação de 64 mil funcionários nos 1.302 cursos a distância oferecidos pelos Correios. Entre as modalidades de curso oferecidas, estão: Libras como segunda língua (IF/SC); Braille para Aprendizagem (USP); e Grafoscopia e Documentoscopia (Serpro).

Forte investimento no comércio eletrônico

Segundo o diretor de negócios, Alex do Nascimento, o ano de 2021 reforçou que preços competitivos e manutenção dos preços de encomendas, que se mantém em 2022, e redução de prazos Sedex, que se estenderá a outros lugares no Brasil ainda esse ano, são ações relevantes para o posicionamento da empresa como principal parceira do e commerce. Em 2021 foi criado o programa Aproxime, que tem como objetivo atender as pequenas e médias empresas no Brasil, no processo de migração digital. “Isso contribuiu para a evolução das vendas de mais de 35 mil novos clientes”, destaca. Segundo ele, o que credencia os Correios a fazer esse trabalho de auxílio às empresas, é não somente o aspecto de logística, mas também tecnológico e financeiro, o que a empresa vai prosseguir fazendo ao longo de 2022 com a construção de uma plataforma de comércio eletrônico dos Correios para as empresas e a sociedade brasileira. De acordo com Floriano, há uma tendência de aumento mundial no mercado de e-commerce, e a empresa dos Correios não vai ficar como espectadora. O plano é que as pequenas empresas possam recorrer aos correios para vender seus produtos numa plataforma de comércio eletrônico dos Correios.

A empresa pretende investir no desenvolvimento de soluções voltadas para esse comércio, com novas modalidades de entrega e inovação, entre elas: Lockers (armários inteligentes); Correios Aqui Modular, um canal de atendimento que adota o modelo “Loja dentro de loja”; Correios Log+ e etc.

Saiba mais:

Após todo o lucro gerado, a empresa vai pagar dividendos da União e participação nos lucros e resultados (PLR), serão pagos R $251 milhões de reais. A reunião da assembleia de acionistas ainda precisa ser feita, e foi marcada para abril.

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