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Brasil

“Coronavírus é duro para o SUS e brasileiro tem de fazer sua parte”, diz Mandetta

Com a situação reconhecida como Pandemia pela OMS, o ministro da Educação afirmou que escolas poderão ter que implementar “medidas emergenciais pontuais”

Aline Rocha

11/03/2020 15h18

Durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o coronavírus tem baixa localidade, mas pode acabar sobrecarregando os sistemas de saúde. “O vírus é extremamente duro. Ele derruba o sistema de saúde. Se ele não tem uma letalidade individual elevada, ele tem uma letalidade ao sistema de saúde”, disse Mandetta. 

Isso porque, segundo o ministro, o aumento do número de casos tem ocorrido de forma abrupta. “Você tem um começo dos casos reportados, mas logo depois uma espiral de casos, que leva muitas pessoas aos ambientes hospitalares”, afirmou.

O ministro participa de comissão geral que discute as ações preventivas da vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil no enfrentamento do coronavírus. Ele afirmou que há 34 casos brasileiros confirmados. 

Pandemia

O ministro disse também que o governo brasileiro já trata a doença como uma pandemia e está rediscutindo o orçamento para liberar recursos adicionais ao combate à doença.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus (Covid-19) nesta quarta-feira (11). Integrantes da OMS afirmaram que haverá um aumento ainda maior do número de casos registrados, de mortes e de países afetados pela doença nas próximas semanas.

O desafio, segundo o ministro da Saúde, é fazer bom uso dos recursos hospitalares e resguardar o grupo que pode desenvolver a versão aguda da doença: idosos e pessoas com doenças associadas. Mandetta afirmou, por exemplo, que cancelar as aulas pode expor mais os idosos. “Quem vai ficar com as crianças que não estão na escola? Os avós”, afirmou.

Mais casos no Brasil 

O número de casos confirmados da doença no Brasil passou de 34 para 37 nesta quarta. Segundo o boletim divulgado pelo ministério, são 876 casos suspeitos e 1.042 descartados. Os casos confirmados estão nas seguintes localidades: 

  • São Paulo – 19 casos 
  • Rio de Janeiro – 10 casos 
  • Distrito Federal – 1 caso
  • Alagoas – 1 caso
  • Bahia – 2 casos 
  • Espírito Santo – 1 caso 
  • Rio Grande do Sul – 2 casos

Prevenção

Ele disse ainda que o caso de coronavírus do Distrito Federal deve ser tratado como “emblemático”, já que foi necessária uma ação judicial para forçar o marido da paciente internada a fazer o exame e submeter à quarentena. Para Mandetta, o brasileiro precisa fazer a sua parte no combate à doença.

“Se o marido se recusa a permanecer em isolamento, circula dentro do hospital, se recusa a fazer o exame ao ponto de ter que pedir ordem judicial, se for esse tipo de comportamento será muito difícil não termos curvas de ângulo muito agudo”, disse.

Segundo ele, os brasileiros precisam mudar os seus hábitos para conter o vírus: lavar as mãos, não visitar pessoas idosas, entre outros hábitos.

Escolas podem tomar medidas emergenciais

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Com a situação reconhecida como Pandemia pela OMS, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que escolas poderão ter que implementar “medidas emergenciais pontuais”.  “Neste momento, no Brasil, a prevenção é o mais importante. Não há razão alguma para pânico, mas orientamos que as instituições de ensino que se planejem para a possibilidade, ainda que futura, de algumas medidas emergenciais pontuais”, disse, em vídeo. 

“Estamos nos preparando orientados pelo Ministério da Saúde para, caso venha a acontecer qualquer coisa, os danos venham ser os menores possíveis”, reforçou. Veja: 

Com informações da Agência Câmara

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