Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte de sua enteada Isabella Nardoni em março de 2008, foi libertada nesta terça-feira (20). Ela deixou a Penitenciária Feminina I de Tremembé, localizada no Vale do Paraíba, por volta das 19h45.
Em comunicado, a pasta informou que seguiu a decisão judicial proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, que determinou a progressão para o regime aberto.
Além de Jatobá, Alexandre Nardoni, pai da menina, também foi considerado culpado pelo crime. A criança foi asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde o casal residia, na zona norte da cidade de São Paulo.
A dupla foi condenada por homicídio triplamente qualificado e fraude processual, por ter alterado a cena do crime, em março de 2010.
Segundo a sentença, Alexandre recebeu uma sentença total de 31 anos, um mês e dez dias de prisão pelo homicídio triplamente qualificado, considerando que foi cometido contra um menor de 14 anos e agravado por ser contra um descendente. Ele também foi condenado a oito meses pelo crime de fraude processual, em regime semiaberto.
Jatobá recebeu uma sentença de 26 anos e oito meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado, cometido contra um menor de 14 anos, além de oito meses pelo crime de fraude processual, também em regime semiaberto.
Na sentença, o juiz Maurício Fossen afirmou que o crime foi marcado por “frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte dos réus”. Segundo ele, após passarem um dia relativamente tranquilo com a vítima, passeando pela cidade e visitando parentes, os réus covardemente atacaram a criança no final do dia, como se não tivessem nenhum vínculo afetivo ou emocional com ela.
Para Fossen, o “desequilíbrio emocional demonstrado pelos réus foi o fator motivador para o cometimento do homicídio”.
Jatobá chegou a cumprir o regime semiaberto, mas perdeu o benefício em junho de 2020 depois de ser flagrada conversando com seus filhos por meio de uma chamada de vídeo na penitenciária de Tremembé, onde estava cumprindo sua pena.