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Brasil

Chuvas no RS deixam 466 famílias indígenas desalojadas, diz Funai

Segundo o órgão, cerca de 8.000 famílias foram atingidas direta ou indiretamente pelo desastre -não há, por ora, nenhuma morte confirmada

Redação Jornal de Brasília

06/05/2024 17h27

Foto: Leo Otero/MPI

MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um levantamento da Funai (Fundação dos Povos Indígenas) identificou que ao menos 466 famílias indígenas estão desalojadas no Rio Grande do Sul após serem afetadas pelos temporais que atingiram o estado.

Segundo o órgão, cerca de 8.000 famílias foram atingidas direta ou indiretamente pelo desastre -não há, por ora, nenhuma morte confirmada. A Funai atende, no estado, aproximadamente 109 aldeias, além de comunidades que residem em contextos urbanos e periurbanos.

O secretário nacional de Direitos Territoriais Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kaingang, viajou a Porto Alegre para articular ações coordenadas com os governos estadual e federal para o resgate e para a assistência dos povos originários.

“Estamos preocupados em dar o suporte para essas famílias que estão em abrigos. E estamos correndo atrás de kits emergenciais, que são estruturas provisórias de madeira para dar suporte às famílias. Cada uma é orçada em R$ 15 mil”, diz ele à reportagem.

“Nós tivemos algumas comunidades que foram completamente alagadas, que estão sem assistência, alimentos, com falta de itens básicos de higiene, de roupas e de cobertores”, segue.

Há ainda muitas áreas que estão isoladas e sem acesso, como é o caso de 148 famílias ilhadas na Terra Indígena Rio da Várzea, localizada no município de Liberato Salzano.

Marcos diz que a pasta está em diálogo com a FAB (Força Aérea Brasileira) e com o Ministério da Defesa para, assim que possível, conseguirem avançar nas regiões do interior do estado. “É o local que concentra o maior contingente populacional [de indígenas]”, afirma.

O ministério e Funai estão iniciando um trabalho para mapear e quantificar o tamanho do impacto nas comunidades. “Estamos dialogando com o governo federal para, se possível, liberar crédito extraordinário para essas ações, que têm um custo”, diz o secretário.

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