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Brasil

Catorze novas usinas de oxigênio são instaladas no Amazonas

Instalação das usinas faz parte das medidas coordenadas pelo Ministério da Saúde por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)

Redação Jornal de Brasília

01/02/2021 19h32

Foto: Caio de Biase

Nesta segunda-feira (01/02), Manaus e outras cidades do Amazonas começaram a ter as instalções de 14 das 60 usinas geradoras de oxigênio. Além disso, entrou em funcionamento a unidade do Hospital Nilton Lins, na capital amazonense, com capacidade de produção de 30 metros cúbicos por hora, suficiente para atender 70 leitos.

O hospital abriu, na semana passada, uma ala com 30 leitos para atendimento de Covid-19 – o número deve chegar a 81, sendo 22 de UTI. O equipamento instalado na unidade foi doado ao Ministério pelo Instituto do Câncer de Bauru (NAIC).

A instalação das usinas faz parte das medidas coordenadas pelo Ministério da Saúde por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde funciona o comitê de crise.

Nesta terça-feira (02/02), tem início a instalação de mais uma usina, desta vez no Hospital Platão Araújo, também com capacidade de 30 metros cúbicos por hora. Já está em andamento a implantação de outra, no município de Tabatinga, região do Alto Solimões. Esta, com capacidade para 26 metros cúbicos por hora.

Das 60 usinas previstas, 14 estão em funcionamento, 14 estão em trânsito, quatro estão em processo de instalação e o restante em fase de compra.

Sete dessas usinas foram requisitadas pelo Ministério da Saúde à indústria nacional. O restante é resultado de doações de empresa, pessoas e fundos ou fruto de negociação do estado. As usinas serão destinadas a 22 municípios e atenderão 56 hospitais e unidades de saúde. Todas as usinas requisitadas pelo Ministério da Saúde estão em funcionamento ou em fase final de implantação.

Transporte de pacientes

Durante uma ação realizada em parceria entre o Ministério da Saúde, o Governo do Amazonas e Ministério da Defesa, 414 pacientes  foram transportados para  outros estados. Desse número, 406 foram diagnosticados com Covid-19. As outras oito pessoas foram tranferidas para a realização de cirurgias oncológicas.

Foto: Fábio Leite/ Especial para o MS

Na tarde desta segunda-feira, um voo com 17 pacientes com Covid-19 saiu de Manaus/AM com destino a Porto Alegre/RS. A previsão é que mais de 100 pessoas sejam transferidas nos próximos dias. Os voos partem da capital amazonense e dos municípios de Parintins e Tabatinga. São realizados pela Força Aérea Brasileira (FAB), em aeronaves com estrutura e equipamentos adequados para o transporte seguro dos pacientes.

A meta, de acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é transferir 1,5 mil pacientes do estado, como medida para reorganizar e desafogar o sistema de saúde local. Outras ações estão sendo executadas com esse foco, como a ampliação de leitos em hospitais, além da implantação, já realizada, da Enfermaria de Campanha de Manaus.

Na base aérea de Manaus, de onde partem os voos com os pacientes, os familiares acompanham a operação de transferência. A chefe de cozinha Luciene Barros, ao lado dos filhos, acompanhou o embarque do marido Cristiano Lopes para Porto Alegre. “Eu não queria que ele fosse, mas percebi que será melhor, porque aqui está muito sobrecarregado, não há leitos”, contou Luciene, que segue para Porto Alegre nesta terça-feira, para acompanhar o tratamento do marido. “Espero que dê tudo certo e ele volte para casa e para os nossos filhos e netos”, afirmou.

Apreensivo e tentando fazer imagem do que podia, para repassar ao restante da família, o autônomo José Dantas seguia os passos do filho Vanderlan, também transferido para tratamento em Porto Alegre. “Eu estava esperando muito por essa transferência. Espero que ele volte curado”, disse ele.

Os pacientes estão sendo transferidos para leitos de hospitais universitários federais, vinculados ao Ministério da Educação, disponibilizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). E, também, para leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) de outros estados.

Dos 414 pacientes transferidos do Amazonas, 55 foram para o Rio Grande do Norte, 48 para Goiás, 39 para o Maranhão, 36 para o Espírito Santo, 30 para Alagoas, 30 para o Paraná, 26 para Pernambuco, 23 para o Piauí, 23 para o Pará, 18 para Minas Gerais, 17 para Tocantins, 17 para o Rio Grande do Sul, 15 para o Distrito Federal, 15 para a Paraíba, 11 para Santa Catarina, oito para o Rio de Janeiro e três para o Acre.

Mais 105 pessoas retornaram para Manaus, após tratamento em outros estados, até este domingo (31/01), vindas de João Pessoa (PB), Natal (RN), Teresina (PI), São Luís (MA), Goiânia (GO), Belém (PA), Maceió (AL) e Uberaba (MG).

As informações são do Ministério da Saúde

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