Atualmente piloto de testes da Renault, campeã entre os Construtores nas duas últimas temporadas, Nelsinho passou dois anos na GP2 antes de conseguir um lugar na principal categoria do automobilismo mundial. E é exatamente isso que Bruno planeja para sua carreira. “Uma boa referência para mim seria o Nelsinho Piquet. No primeiro ano lá, ele ficou em décimo lugar na temporada e no segundo foi o vice-campeão. É claro que este ano eu quero ser bem mais que o décimo, mas essa consistência é o que vai ser o mais importante para mim”, comentou.
E, para isso, Bruno nem sonha com o título. “Às vezes nem precisa ser campeão para as equipes te descobrirem, pois eles não analisam apenas os resultados, mas sim as condições em que você está correndo. Isso é animador”, afirmou.
A adaptação começou no final do ano passado, quando o piloto participou de alguns treinos coletivos da categoria. De acordo com ele, entretanto, ainda há muito a se fazer. “Foram sete dias de treino e testei por quatro equipes diferentes. Como cada uma tem um jeito de carro, tenho muito a aprender. Ainda bem que tem essa pré-temporada”, relatou.
A GP2 fará testes coletivos a partir do próximo da 21, no circuito francês de Paul Ricard, enquanto a temporada começa em 14 de abril, no Bahrein. “Sei que treinar é uma coisa e corrida é outra, principalmente na GP2, onde você fica seis horas na pista treinando e antes da corrida só tem 30 minutos para conhecer a pista antes do classificatório. Por isso, a pré-temporada vai ser importante para deixar a equipe preparada”, emendou.
Outro desafio será o grande número de pilotos experientes na pista em 2007. Com a ascensão de Nico Rosberg e Lewis Hamilton direto para uma vaga de titular na Fórmula 1, a GP2 passou a chamar a atenção de pilotos em busca de uma nova chance no automobilismo, caso do brasilerio Antonio Pizzonia, do italiano Giorgio Pântano e do alemão Timo Glock.
“Esses pilotos mais experientes vão ser as pedras no meu caminho”, admite Bruno. “Seria bem mais fácil se eles não estivessem lá, mas eu entendo essa situação como na época do meu pulo para a Fórmula 3 Inglesa, onde muitos pilotos têm três ou quatro anos correndo lá. E isso acelerou bastante o meu aprendizado. Espero que o mesmo aconteça agora”, ressaltou.