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Brasil

Anvisa diz que não foi consultada sobre 2ª dose da Janssen

Segundo a agência, a única farmacêutica que solicitou alteração no esquema vacinal previsto na bula foi a Pfizer

Geovanna Bispo

16/11/2021 17h12

anvisa

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, nesta terça-feira (16), que a Johnson & Johnson, fabricante da vacina contra a covid-19 Janssen, não pediu autorização para a aplicação da segunda e terceira dose do imunizante, já que, inicialmente, ela seria de dose única.

A notícia da segunda e terceira dose foi divulgada pelo Ministério da Saúde também nesta terça. “A Anvisa vem discutindo com todas as empresas desenvolvedoras e instituições sobre as ações de monitoramento e sobre os estudos clínicos para a confirmar a eficácia e segurança da dose de reforço das vacinas aplicadas no Brasil”, diz a agência em nota.

Segundo a agência, a única farmacêutica que solicitou alteração no esquema vacinal previsto na bula foi a Pfizer. A Anvisa analisa o pedido, que destaca a necessidade da terceira dose, e está esperando a empresa entregar mais informações.

Ainda de acordo com a Anvisa, em outros países, as agências reguladoras foram consultadas. “Antes de incorporar a dose de reforço das vacinas, países como Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Grã-Bretanha, Israel, membros da Comunidade Europeia e outros submeteram a estratégia à avaliação prévia das suas autoridades reguladoras”, relembra a agência reguladora.

“A estratégia de vacinação e reforço é uma decisão da autoridade de saúde (MS) sobre como determinado imunizante será aplicado na população de forma a se obter a melhor cobertura vacinal, e as estratégias de monitoramento das reações adversas”, finalizou.

Ministério da Saúde

Nesta manhã, a equipe do Ministério da Saúde realizou uma coletiva para falar sobre as mudanças relacionadas ao imunizante. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, a proteção adicional é necessária.

“No início, a recomendação era que essa vacina fosse de dose única. Hoje, nós sabemos que é necessária essa proteção adicional. Então, esses que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante”, explicou o ministro.

Junto ao ministro, a secretária-extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leita de Melo, explicou que o intervalo entre as doses será de oito semanas e que a segunda dose começará a ser aplicada em todo o país a partir da próxima sexta-feira (19). Na semana passada, o Brasil recebeu um lote de 1 milhão de vacinas deste imunizante.

Apenas após cinco meses da segunda dose que os brasileiros poderão tomar a terceira dose, ou dose de reforço. “A sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço preferencialmente com uma vacina diferente”, continuou.

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