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Brasil

Alunos se fantasiam de nazistas em escola do Paraná

A Secretaria de Educação alegou que a ideia não era fazer uma apologia ao Nazismo, e sim trazer uma reflexão

Camila Bairros

09/10/2023 12h09

Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (6), alunos do 3ª ano do Ensino Médio de uma escola estadual de Arapongas, no interior do Paraná, foram divididos em grupos e fizeram um trabalho sobre a Segunda Guerra Mundial. Cada um seria responsável por retratar um tema, e um grupo fez uso de símbolos nazistas. A unidade de ensino publicou as fotos do trabalho, o que gerou polêmica.

A apologia do nazismo usando símbolos nazistas, distribuindo emblemas ou fazendo propaganda desse regime é crime previsto em lei no Brasil, com pena de reclusão. A deputada Carol Dartora (PT-PR) denunciou o caso e mostrou que os alunos usaram um boneco que imita o ditador Adolf Hitler, responsável pelo Holocausto contra judeus.

O Núcleo Regional de Educação de Apucarana, que é ligado ao governador do Paraná, Ratinho Jr., curtiu a publicação da escola nas redes sociais, alegando que a ideia não era fazer uma apologia ao Nazismo, e sim “prevenir a repetição de tragédias como o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial”.

E foi isso que explicou a Secretaria de Educação. Por meio de nota, revelou que o trabalho foi pensdo como forma de buscar uma reflexão crítica sobre como é possiel promover a tolerância, a compreensão e a paz, no presente e no futuro.

O Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) criticou a exposição dos símbolos nazistas e dos próprios alunos. “Fazer a exposição do jeito que foi feita está muito mais para reforçar aqueles princípios [ligados ao Nazismo], do que propor uma crítica”.

“Há várias formas de fazer a crítica e buscar a reflexão sem fazer esse tipo de exposição. Ao fazer da forma como está colocada, acaba passando por apologia. Há, também, a exposição dos próprios estudantes. Não tem como não ser considerado apologia. Há, também, a exposição dos próprios estudantes. Não tem como não ser considerado apologia. Nós não tivemos acesso à exposição dos estudantes na feira, por exemplo”, informou a nota do sindicato.

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