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Brasil

Aluna morta em ataque a escola de Sapopemba é enterrada sob consternação

O velório começou às 20h de segunda (23), horas após o ataque que matou a jovem e deixou baleadas outras duas alunas da Escola Estadual Sapopemba

Redação Jornal de Brasília

24/10/2023 16h36

Foto: Reprodução/TV Globo

LUCAS LACERDA
SANTO ANDRÉ, SP (FOLHAPRESS)

Familiares e amigos da estudante Giovanna Bezerra da Silva, 17, terminaram de velar o corpo da adolescente na manhã desta terça-feira (24), na zona leste de São Paulo, antes do enterro na cidade Santo André, no ABC.

O velório começou às 20h de segunda (23), horas após o ataque que matou a jovem e deixou baleadas outras duas alunas da Escola Estadual Sapopemba.

Na manhã desta terça, a cerimônia seguiu restrita a familiares e amigos mais próximos.

“Ela era incrível, carinhosa, éramos amigos de rua, gostava muito de dançar. Não consegui vir ontem”, disse Kauã Lucas, 18, que tentava entrar no espaço reservado ao velório.

Os pais de uma das alunas baleadas, que não quiseram se identificar, disseram que a filha já estava em casa.

Às 11h o cortejo saiu para os ritos finais antes do enterro, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santo André.

Estudantes com raiva e abalados relatavam, a colegas e professores, a correria pela escola nos minutos seguintes ao início do ataque.

Na última parte da cerimônia de despedida, os presentes se reuniram na capela do cemitério para orações.

Sob forte emoção e rodeados de coroas de flores, os pais de Giovanna recebiam cumprimentos. Sobre o caixão, a mãe repetia “minha Gi”.

Do lado de fora, pais de alunos conversavam sobre a necessidade de reforço na segurança das escolas e lamentavam que o ataque poderia ter sido evitado.

Cada prece era seguida por aplausos.

“Me coloco no lugar desta família neste momento de dor. Que a gente consiga colocar esse altruísmo e essa empatia em toda e qualquer situação”, disse Fabiana Tiburci, que coordena um projeto social em Sapopemba e tem um afilhado na escola.

Ao anunciar mais uma prece, Fabiana pediu que todos na capela dessem as mãos. “Juntos que vamos lidar com essas situações de violência e dor.”

Giovanna Bezerra da Silva foi enterrada às 14h sob comoção e muitos aplausos.

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