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Brasil

Agressor alega legítima defesa e tratar Karol Eller com “muito respeito”

Segundo o agressor, os dois teriam chegado as vias de fato após uma discussão

Redação Jornal de Brasília

18/12/2019 20h42

Alexandre da Silva, 42 anos, agressor da youtuber Karol Eller, no último domingo (15), revelado com exclusividade pelo colunista Léo Dias, no Jornal de Brasília,  alegou ter se defendido da mulher, que é ligada à família do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o agressor, os dois teriam chegado as vias de fato após uma discussão. Em entrevista ao grupo Globo, o homem alegou ter tratado a vítima com “muito respeito”.

“Foi uma agressão mútua. Ela veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito. Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista”, teria dito o homem, em mensagem de áudio enviada para a revista.


Karol, afirmou ter sido espancada por motivos de homofobia. “Achei que ia morrer. Estou tomando muitos remédios, com muita dor ainda”, disse ela a revista, afirmando ainda ter sido xingada com termos homofóbicos.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso como lesão corporal motivada por homofobia. “Trata-se de um caso típico de homofobia, sem ligação com a militância da vítima. De acordo com os depoimentos, os agressores chamavam a Karol o tempo todo de sapatão e demonstravam claramente preconceito”, afirmou a delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca).

Após o agressor alegar legítima defesa, a vítima negou a versão. “Alguém que quer só se defender não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu”, disse.

Entenda o caso:

Mineira, de 32 anos, a youtuber Karol Eller ´r uma das melhores amigas de Jair Renan, mais novo da família Bolsonaro, com quem tem muita intimidade. Assumidamente homossexual, ela foi peça fundamental na campanha eleitoral para “desmistificar” qualquer sombra homofóbica que rondava sobre o então candidato.

Morando há apenas uma semana no Rio de Janeiro, Karol sofreu um grotesco ataque homofóbico, que deixou seu rosto desfigurado.

Karol estava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, acompanhada de sua namorada – uma bela morena que pode ser confundida facilmente com a Pocahontas – quando foi abordada por um homem, que, já de forma violenta, a questionou: “Como é que você consegue namorar um mulherão desses hein?”.

O que era uma provocação rapidamente virou agressão. Covardemente, Karol foi atacada a socos e pontapés, e socorrida apenas pela namorada quando já estava desacordada. As duas foram se arrastando até um quartal do Corpo de Bombeiros, que ficava próximo.

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