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Alta no Indicador Antecedente de Emprego aponta perspectiva de mais contratações

Mês de setembro teve alta de 1,5 ponto, acumulando crescimento de 8,8 pontos em seis meses

Redação Jornal de Brasília

19/10/2022 5h50

Foto: Agência Brasília

Em mais uma alta registrada em setembro, o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve o segundo maior crescimento em seis meses. A pontuação subiu 1,5 ponto e chegou a 83,8 pontos, o maior índice desde outubro do ano passado, quando o número alcançado foi de 87,7 pontos.

O Iaemp é uma medida de expectativa de empregabilidade, que tem por objetivo antecipar os principais movimentos do mercado de trabalho no Brasil. O cálculo é feito com base em dados extraídos de pesquisas feitas pela FGV nos setores empresariais da indústria e do serviço, e junto ao consumidor.

Nos cinco meses entre novembro do ano passado e março deste ano, o indicador acumulou apenas quedas, sendo a maior em janeiro, quando o índice caiu 5,3 pontos, chegando a 76,5, e posteriormente, no terceiro mês, atingiu 75 pontos. A recuperação começou a acontecer em abril, quando houve alta de 4,5 pontos. São, portanto, 8,8 pontos de crescimento desde então nos últimos seis meses.

Em setembro, de acordo com informações da FGV, quatro dos sete componentes do indicador tiveram alta, um se manteve inalterado e outros dois tiveram queda. Houve crescimento nas tendências de negócios da indústria de transformação, no emprego previsto para serviços, e nos cenários atuais dos negócios da indústria e dos negócios de serviço.

Não há tendência para a tendência de negócios no setor de serviços e a queda aconteceu na sondagem do consumidor para empregos locais futuros e na sondagem da indústria com o emprego previsto. Respectivamente, o recuo foi de 0,1 e 0,2 em cada um dos componentes.

Comércio Varejista

No comércio varejista, as perspectivas de empregabilidade são boas. De acordo com Sebastião Abritta, presidente da entidade sindical que representa os empresários do setor (Sindivarejista), há uma previsão de contratação de aproximadamente 2,4 mil novos funcionários temporários neste último trimestre.

A previsão é maior que o dobro da vista no ano passado, quando 2,1 mil profissionais foram contratados temporariamente para preparar o comércio para as festividades de fim de ano. “O comércio presencial está contratando mais porque tem mais vendas. Estamos mais otimistas com uma contratação maior neste ano”, afirmou Abritta.

“Com a Copa do Mundo, além das datas comemorativas, aumenta a procura por televisores, chuteiras, bolas, blusas de time e do Brasil. […] Esses produtos relacionados à copa devem ter alta de 7,4% em comparação com 2018. Com a redução do combustível e os R$ 600 do Auxílio Brasil, é um dinheiro extra que pode aquecer o comércio. Nesse meio teremos também a Black Friday”, destacou.

Para as vendas neste último trimestre, o Sindivarejista faz uma prospecção antecipada de crescimento de 14%. Como as pesquisas junto ao comércio ainda não finalizaram, a expectativa pode aumentar ou diminuir. “Mas quando levamos em conta o crescimento nas últimas datas comemorativas, imaginamos que este Natal e fim de ano serão melhores mesmo”, explicou Abritta.

Com tantas vendas, é necessário que mais funcionários sejam contratados para dar conta da demanda que surgirá neste período. Pensando nisso, muitas lojas já estão com vagas abertas para a contratação de funcionários temporários. Apesar dos bons números, o presidente do Sindivarejista ainda não espera que o faturamento seja o mesmo da época pré-pandemia.

“Acredito que os números ainda não chegam aos mesmos de 2019. Nas datas comemorativas deste ano, não ficamos como antes da pandemia. Mas ano que vem, com estabilidade da moeda e crescimento do emprego contínuo, poderá haver condições de chegarmos nos mesmos patamares daquele ano”, finalizou.

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