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Últimas internadas por atropelamento recebem alta e voltam para casa

Reencontro das amigas foi de muita emoção, segundo Katiane, mãe de uma das acidentadas

Vítor Mendonça

14/06/2022 19h15

As últimas três meninas que foram atropeladas em Ceilândia e ainda estavam em tratamento nas unidades hospitalares da região e no Hospital de Base receberam alta e voltaram para casa na noite da última segunda-feira (13). Ana Júlia, Bruna e Sofia agora irão se recuperar e continuar os cuidados decorrentes do acidente em casa.

“Foi bem emocionante [a volta das meninas]”, descreveu Katiane da Silva, de 35 anos, mãe de Maria Eduarda, de 10 anos, que primeiro voltou para casa após o atropelamento. Ela conta que as duas foram surpreendidas com a chegada de Bruna e Ana Júlia na porta de casa.

“Cheguei do trabalho e pouco depois ouvi que a Isabele [segunda recuperada do acidente] estava chamando a Duda no portão. Quando abriram a porta, fui surpreendida porque estavam as três juntas. […] Elas deram muitos abraços”, descreveu Katiane, que destacou a felicidade das meninas de estarem novamente juntas. “É um alívio ver elas aqui se recuperando”, continuou.

A única que não estava no encontro era Sofia, a mais nova, de 5 anos, que mora no Recanto das Emas e ainda não se reuniu com as amigas para matar a saudade após o acidente. Por conta dos pinos nas pernas, Bruna e Ana Júlia estão se locomovendo com a ajuda de cadeiras de rodas.

Na foto, da direita para a esquerda, Ana Júlia, Isabele, Maria Eduarda e Bruna.

Relembre

As cinco crianças – uma de 5, duas de 6 e duas de 10 anos de idade – foram atropeladas por um carro na tarde do dia 22 de maio, em Ceilândia. As duas mais velhas tiveram ferimentos mais leves, mas outras três foram encaminhadas para o Hospital de Base em estado grave e ficaram internadas com a ajuda de aparelhos. As meninas estavam atravessando uma faixa de pedestres quando um Volkswagen Fox branco as atingiu.

O motorista de 54 anos, identificado como F.M.S., estava bêbado e tentou fugir do local, mas foi cercado por motoboys que testemunharam o acidente. Ele foi detido logo em seguida pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Na ação, os populares, indignados com o ocorrido, tentaram linchar o homem.

O homem foi levado preso à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) e teve, no dia 24 de maio, a prisão convertida em preventiva pela Justiça do Distrito Federal. O tempo de reclusão permanece indeterminado. Por enquanto, ele permanece preso por mais 90 dias até que haja outro julgamento sobre o caso.

O motorista está sendo autuado por lesão corporal dolosa na direção de veículo automotor qualificado pelo estado de embriaguez. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), pelo artigo 303, parágrafo 2º, ele poderá cumprir pena de dois a cinco anos de prisão. Ele dirigia sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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