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Mulher dada como morta após se ‘afogar’ é encontrada na beira da estrada no litoral de SP

A esteticista Priscilla Pereira, de 46 anos, foi dada como morta pelos bombeiros, após desaparecer no mar em Peruíbe, no litoral de SP

Redação Jornal de Brasília

19/05/2022 9h06

Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

Na última terça-feira, 17, a esteticista Priscilla Pereira da Silva, de 46 anos, foi dada como morta pelos bombeiros, após desaparecer no mar em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Sem saber nadar, ela afirma que foi atingida por uma onda, sendo arrastada para longe da costa.

O sumiço da mulher durou quase 9h, até que foi encontrada na beira da estrada pedindo por socorro. Ela relata ter sido “abençoada” com um “milagre”.

A família, inclusive, já havia sido desacreditada sobre as chances de encontrá-la com vida e alguns conhecidos já se manifestavam lamentando a morte.

Priscilla e a sua patroa estavam caminhando, pela manhã, com a água na altura do joelho pela Praia do Guaraú e realizavam uma “hidroginástica improvisada”. Segundo ela, era uma rotina de todas as manhãs. Até que, de repente, o mar começou a ficar forte e agitado.

“Pegamos uma marola misturada com onda e, quando vimos, já estávamos com a água na altura do peito. Depois, veio outra onda que nos cobriu”, relembra Priscilla, que afirma ter permanecido consciente a todo instante. Ela inclusive viu a patroa deixar o mar após se esforçar muito.

A amiga, inclusive, assim que deixou a água foi pedir ajuda. Os socorristas do Corpo de Bombeiros chegaram rápido, mas não conseguiam encontrá-la.

A esteticista conta que o problema foi que os bombeiros não me acharam. Ela então ficou boiando e ‘nadando cachorrinho’.

Fuga do mar

Passado um tempo, entre o ‘nado cachorrinho’ e as pausas para descanso, a esteticista lembra ter avistado algumas pedras que davam acesso à faixa de areia e decidiu ‘nadar’ naquela direção.

Quando se preparava para subir, porém, uma nova onda a empurrou contra as rochas, deixando a mesma toda arranhada.

Mesmo ferida, Priscilla conta ter conseguido subir nas pedras, onde se aqueceu e secou ao sol. No topo das rochas, a esteticista diz ter avistado os bombeiros. Os socorristas estavam longe, portanto, ela se levantou e gritou por socorro, mas sofreu novo golpe. “Veio outra onda e caí no mar de novo”.

Quando caio pela segunda vez, pensou que iria morrer. Gritei pela minha mãe e pedi para que ela não me abandonasse e não desamparasse a minha filha.

A sobrevivente conta ter sido arrastada para outra região de pedras, ainda mais distante dos profissionais do Corpo de Bombeiros, mas conseguiu subir nas rochas.

Priscilla lembra que o caminho a levou à beira da Estrada do Guaraú. Sem ter noção de quanto tempo havia passado e com frio, ela decidiu pedir ajuda aos veículos que passavam pela rodovia.

O pedido por ajuda foi atendido. Uma conhecida de Priscilla passava pela estrada naquele momento, por volta das 16h, e reconheceu a esteticista.

Resgate

A confeiteira Fábia Martins do Nascimento, de 36 anos, confessou ao g1 que o encontro foi emocionante. “Ela estava parada na estrada, chorando e pedindo ajuda. Quando eu vi que era ela, parei imediatamente. Ela entrou no carro, a gente se abraçou e chorou muito”.

Fábia conta que no momento que estava levando Priscilla para casa, encontraram a família da patroa da esteticista, que estava com a vítima no mar. Todos se emocionaram ao ver que ela estava viva após quase 9h de sumida e, até então, com o óbito confirmado pelos bombeiros.

A família da sobrevivente já havia sido notificada sobre a morte dela.

Priscilla conta que, após retornar para casa, constatou as mensagens de pêsames recebidas por familiares por aplicativos de mensagens e pelas redes sociais. No momento, ela agradece o fato de estar viva e contando essa história que define como um “milagre”.

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