Na última quarta-feira (19), um motorista de aplicativo foi indiciado por estupro de vulnerável após ser acusado por uma passageira de 20 anos em São Paulo. Segundo a vítima, ela estava voltando de uma festa de carnaval por volta das 4 horas da manhã quando a situação ocorreu.
A vítima explicou que a corrida teria duração de 30 minutos, mas que foi encerrada no aplicativo após mais de cinco horas de duração. Após o percurso, quando a jovem acordou, relatou sentir dores na região genital.
A polícia localizou o motorista, que prestou depoimento domingo (1º) a noite. Em seu relato o suspeito alegou que não houve estupro. Segundo ele, a passageira o seduziu.
Entretanto a jovem negou ter seduzido o motorista “Qualquer coisa que eu tenha feito, falado, como eu não lembro, isso não é nenhum tipo de abertura para ele fazer qualquer tipo de assédio, qualquer coisa que ele tenha feito. Afinal, ele estava sóbrio, ele só tinha que cumprir o trabalho dele, que é me levar em casa. O que quer que eu tenha falado ele poderia ter denunciado pela 99. Mas com certeza eu não fiz nada” disse.
Delegado do caso, Roberto Marinho explicou que o depoimento do suspeito só agravou sua situação “Ele disse que foi chamado para a corrida pelo aplicativo, que a estudante entrou no táxi perfeitamente sóbria e que ela começou a se insinuar para ele e ele não resistiu. Agrava a situação dele porque é um estupro de pessoa vulnerável pela embriaguez”.
A estudando fez exames para comprovar que houve a violência sexual e o laudo deve ficar pronto em 30 dias. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) o suspeito vai responder em liberdade porque a prisão não foi realizada em flagrante.
Em nota, a 99 se colocou à disposição das investigações e afirmou já ter banido o motorista do sistema. “Assim que tomamos conhecimento, banimos o motorista e mobilizamos uma equipe que está em contato com a passageira para oferecer todo o acolhimento e suporte necessários. Estamos disponíveis para colaborar com as investigações da polícia.”