Salma El-Shimy, uma modelo e influenciadora digital egípcia, foi presa acusada de fazer uma sessão de fotos sem a devida autorização e com trajes “inadequados”. A jovem estava usando um vestido branco curto com cinto e colares. Hossam Muhammed, fotógrafo que acompanhava Salma, também foi detido. As fotos foram tiradas em um sítio arqueológico da cidade de Gizé.
O fotógrafo relatou, em entrevista à emissora de TV americana CBS, que havia conseguido um acordo com a equipe do sítio arqueológico. Ele e a modelo teriam 15 minutos para fazer registros junto à pirâmide de Djoser, a mais antiga do país.
De acordo com a legislação do país, a autorização para fazer registros comerciais em sítios arqueológicos é obtida apenas por meio de uma licença fornecida pelo Ministério do Turismo e Antiguidades.
A direção do sítio informou que quatro funcionários e dois integrantes do ministério foram convocados para prestar depoimentos sobre o caso, que segue sob investigação.
Salma aparece nas imagens usando roupas inspiradas no Egito antigo e refere-se a si mesma como a Rainha Malban-titi. O termo faz referências aos doces turcos (“malban”) e à antiga rainha egípcia Nefertiti.
Após pagarem uma fiança de 1 mil libras egípcias (pouco mais de R$ 330), a modelo e o fotógrafo foram liberados. Salma também está sendo processada por “distorcer a civilização e insultar a grande história faraônica”.