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Menino enfrenta tumor gigante de câncer raro pela 3ª vez e família faz campanha para custear despesas

A vida do roraimense Ruan Kayck Coelho de Oliveira, de 14 anos, mudou, há 3 anos, com a descoberta de um câncer ósseo agressivo

Redação Jornal de Brasília

10/06/2022 10h14

Foto: Arquivo pessoal

A vida do roraimense Ruan Kayck Coelho de Oliveira, de 14 anos, mudou, há 3 anos, com a descoberta de um câncer ósseo agressivo. O estágio avançado do tumor fez com que o menino, que sonhava em ser jogador de futebol, perdesse uma das pernas e enfrentasse uma grande luta contra a doença, relata a mãe dele, Andréa de Oliveira, de 45 anos.

Ruan foi diagnosticado com o câncer em 2019, durante uma partida de futebol em frente a casa dele, no bairro Pérola, zona Oeste de Boa Vista.

Primeiro, foi na perna esquerda, ele fez tratamento e ficou curado. Depois, a doença surgiu na perna esquerda. Agora, ele enfrenta o câncer pela terceira vez e convive com um tumor gigante no ombro.

O menino foi diagnosticado com osteossarcoma, um tipo de tumor maligno que ocasiona dores e inchaços nos ossos longos dos braços e pernas. Ele começa nas células formadoras dos ossos.

O primeiro diagnóstico da doença surgiu após ele bater a perna na trave do gol.

Após o acidente, Ruan começou a se queixar de dores na perna. Nesse período, precisou ir ao hospital por diversas vezes, onde não identificavam o problema lodo de início. Mas, foi durante uma consulta clínica que Andréa teve o diagnóstico de câncer do filho.

Com a liberação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), em dezembro de 2019, o menino começou o tratamento no hospital de Amor Amazônia, em Rondônia, onde ele realizava uma quimioterapia de alta dosagem.

Após um ano de tratamento, o adolescente retornou para Roraima. Porém, em janeiro de 2021, a doença voltou e atingiu o fêmur direito, e a perna dela foi amputada. Após a cirurgia, Ruan precisou continuar com um tratamento de oito meses, com uma dosagem mais forte de medicamentos.

Ao fim do tratamento, o menino retornou para casa, mas, em dezembro do ano passado, descobriu um tumor no ombro esquerdo e dois nódulos no pulmão. Desde o novo diagnóstico de osteossarcoma, Ruan tem enfrentado dores constantes e problemas psicológicos.

O tratamento do Ruan é todo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, ele teve uma piora está internado no Hospital Geral de Roraima (HGR) e segue em cuidados paliativos.

Dificuldade financeira

Devido ao tratamento agressivo e aos cuidados que ele precisa, Andréa, que é mãe de outros quatro filhos, teve que deixar o trabalho para se dedicar totalmente ao tratamento de Ruan. Nesse processo, eles passaram por dificuldades, como não ter condições de pagar a conta de energia da casa onde vivem. Com isso, o fornecimento foi cortado, mas ordem Judicial garantiu que fosse religada.

A energia da casa do menino foi cortada no dia 25 de maio, em razão de uma dívida no valor de R$ 12.721,63. Sem ter como pagar, a mãe recorreu à Defensoria Pública de Roraima para garantir o restabelecimento elétrico tendo em vista que o filho faz tratamento em casa e o serviço de energia se torna essencial para a vida e saúde do adolescente.

Na última segunda-feira, 06, a Justiça estadual determinou que a Roraima Energia religue o fornecimento na casa do menino, mesmo diante da inadimplência das faturas no imóvel. A decisão é do juiz Elvo Pigari Júnior, do 1º Juizado Especial Cível da Capital.

Na decisão, o magistrado pontuou a “suspensão da cobrança e do corte são medidas reversíveis, não acarretando prejuízos à concessionária”, porém, em contrapartida, para o menino e família pode causar danos irreversíveis.

A família sobrevive com o benefício que o menino recebe, mas o dinheiro não cobre todas as despesas dele. Por isso, familiares e amigos começaram uma campanha nas redes sociais para conseguir arrecadar dinheiro e custear as despesas pessoais de Ruan e também da casa.

Os gastos são diários e incluem o café da manhã, almoço e janta do menino, que não consegue comer os alimentos oferecidos no hospital. A higiene pessoal e as idas à unidade de saúde também fazem parte do orçamento apertado da família.

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