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Mãe e padrasto são presos por morte de menino de 10 anos

No dia 17 de março, Cauã Tavares, de 10 anos, foi encontrado morto dentro de casa, pendurado por uma guia de cachorro dentro do quarto

Redação Jornal de Brasília

11/07/2022 8h30

Foto: Reprodução

No dia 17 de março, Cauã Almeida Tavares, de 10 anos, foi encontrado morto dentro de casa, pendurado por uma guia de cachorro dentro do quarto. Para driblar as investigações e encobrir o crime, a mãe do menino, Suellen da Conceição Almeida, e o padrasto, Allan Ferreira da Silva, teriam simulado uma cena de suicídio.

Na tarde deste sábado, ambos foram presos temporariamente pela morte da criança. Os dois negam as acusações.

No dia da morte de Cauã, estavam em casa apenas Suellen, Allan e o irmão caçula do menino, de três anos. Em depoimento prestado naquele dia, Allan, que não é pai de nenhum dos meninos, disse que tinha ido beber água e, ao olhar para o quarto, viu Cauã pendurado, com os joelhos dobrados, pés encostados no chão, com uma corda no pescoço, e que a corda estava presa na tranca da janela.

Durante a investigação da polícia, a mãe e o padrasto contaram a mesma história, de que o garoto teria se enforcado com a guia do cachorro da família. Mas a guia nunca foi encontrada pelos investigadores. Semanas depois, o casal mudou de casa.

O padrasto disse que a criança ainda estava viva e que eles tentaram socorrer a criança. No entanto, um movimento chamou atenção da polícia.

Eles moravam numa casa em Marambaia, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, com uma unidade de emergência distante menos de três quilômetros da casa, a UPA de Manilha. O trajeto de carro levaria dez minutos. Mas Allan acabou dirigindo até o município vizinho para levar o menino para uma UPA em São Gonçalo, um trajeto mais longo.

Além disso, o laudo da polícia e a reprodução simulada revelaram que a morte da criança não foi por enforcamento. A necrópsia feita no menino identificou lesões no pescoço, na nuca e na região cervical.

De acordo com a polícia, as marcas encontradas no pescoço não condizem com enforcamento, mas sim com esganadura provocada pelos dedos das mãos, o que comprovaria que não houve suicídio.

Na reprodução simulada, de acordo com a polícia, o casal, que está junto há três anos, também caiu em contradição quando os investigadores perguntaram onde a criança tinha sido encontrada. Cada um apontou um lugar diferente.

Testemunhas contaram para a polícia que Cauã era vítima de agressões dentro de casa. A avó do menino disse que soube por uma professora que Cauã andava reclamando de cansaço por ter que realizar tarefas domésticas em casa, como lavar louça e passar roupa, enquanto a mãe dormia.

A investigação continua para saber o que aconteceu no dia da morte de Cauã e determinar a conduta dos envolvidos na cena do crime.

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