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Justiça autoriza mulher a plantar maconha em casa para tratamento de tumor

Biomédica é primeira pessoa no litoral de São Paulo a conseguir autorização para realizar plantio da Cannabis

Redação Jornal de Brasília

04/05/2020 9h59

A biomédica Gizele Thame, de 61 anos, possui um tumor cerebral e foi orientada pelo filho a fazer o tratamento da doença com a utilização do óleo artesanal da Cannabis. Inicialmente, a biomédica foi relutante, mas, após se livrar do preconceito, ela aceitou utilizar a substância e obteve resultados significativos. Passados dois anos de uso, Gizele conseguiu o aval da Justiça Federal para plantar e produzir o extrato da planta.

A biomédica é a primeira pessoa no litoral de São Paulo a conseguir a autorização para realizar o plantio da Cannabis. A permissão foi cedida pela juíza da 6ª Vara Federal de Santos. Decorridos dois anos do plantio ilegal, Gizele teve coragem de comprovar para a Justiça que, com o uso do extrato, seu tumor regrediu.  Em abril, ela solicitou um habeas corpus preventivo.

Gizele conta que o tratamento com o extrato da planta minimizou os sintomas da doença. Após menos de dois meses de uso, os resultados já eram notáveis. O stress acabou, a qualidade do sono melhorou e as dores neuropáticas nas pernas foram amenizadas. Após perceber esses resultados, Gizele foi até a Polícia Federal e declarou que estava cometendo um crime. Ela solicitou um habeas corpus para não ser presa e iniciou um processo com 200 páginas  que tramitou até ela conseguir a autorização para o plantio e transporte de planta, além da importação das sementes.

“Tenho autorização para ter 30 pés de Cannabis em diferentes estágios, em floração e em vegetação. A quantidade é definida pela dosagem de cada paciente. Agrônomos fazem essa conta para definir a quantidade de plantas necessárias para que não falte o remédio”, relatou a biomédica ao portal G1.

Gizele relata que o preconceito é pura falta de informação. Ela afirma que a intolerância com a planta começou quando ela estudava e na classe existia a “turma dos maconheiros”, de quem ela sempre foi orientada a ficar longe. “Cresci assim e segui com esse preconceito vida a fora, até que recebi o diagnóstico”, finaliza.

Foto: Arquivo pessoal/Gizele Thame

 

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