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Homem com prótese abaixa calça para provar cicatriz e entrar em banco

Marcelo Cabral tem uma prótese de metal no joelho e, apesar de avisar várias vezes, teve que passar por uma situação constrangedora

Redação Jornal de Brasília

15/09/2021 10h24

Foto: reprodução

Na última sexta-feira (10), um homem de 47 anos foi cinco vezes impedido de passar pela porta giratória com detectores de metal, em uma agência bancária em Vitória (ES). Marcelo Cabral tem uma prótese de metal no joelho e, apesar de avisar várias vezes, teve que passar por uma situação constrangedora.

O homem teve que abaixar as calças em público para mostrar a cicatriz da cirurgia. “Quando chegou minha vez de passar pela porta giratória eu me dirigi até a segurança que faz o controle de acesso e disse que eu era portador de prótese. Falei ‘tenho uma prótese no quadril, já fui em outros bancos e a porta sempre travava”, explicou Marcelo em entrevista ao UOL.

“Nunca tinha passado por uma situação tão constrangedora como foi essa, não só de ter que abaixar a calça para mostrar a cicatriz, mas também […] entender que foi por conta da minha cor que eu apresentava um risco para a agência”, desabafou Marcelo.

O autônomo contou que tem a prótese de metal há dois anos e que esta foi a primeira vez que passou por uma situação desse tipo. Na agência bancária, Marcelo decidiu ligar para sua advogada e não concluiu atendimento.

“Quando acessei o banco, parecia que eu tinha saído de um mundo para outro. Parecia que não tinha acontecido nada”, explicou Marcelo sobre o tratamento que recebeu.

Por meio de uma nota, a Caixa Econômica Federal que a triagem de quem acessa as agências é feita para “garantir o correto direcionamento no atendimento e distribuição de senhas” e que o procedimento visa segurança de clientes, “nunca para criar obstáculos”.

Leia a nota da Caixa na íntegra

“A CAIXA informa que utiliza portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências de acordo com a Lei 7.102/83 e Portaria 3233/2012 do Departamento de Polícia Federal, que disciplina todo o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros em território nacional.

Em atenção ao caso relatado, o banco esclarece que, ao entrar na agência, os clientes passam por triagem, de modo a garantir o correto direcionamento no atendimento e distribuição de senhas. Assim que informou sobre a prótese, o cliente recebeu o adequado encaminhamento para atendimento.

Cabe destacar que as portas giratórias são utilizadas pelos bancos para impedir o acesso de pessoas às agências portando objetos que coloquem em risco a segurança de clientes e empregados, nunca para criar obstáculos ou constrangimentos aos usuários.”

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