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Golpista invade perfil de pousada na Serra do Cipó, realiza ‘promoção’ e debocha de vítimas

Vítimas interessadas na Pousada Santa Vila, em MG, já registraram boletins de ocorrência informando que perderam dinheiro reservando quarto

Redação Jornal de Brasília

04/05/2022 12h55

Foto: Pousada Santa Vila / Divulgação

Vítimas interessadas na hospedagem da Pousada Santa Vila, na Serra do Cipó, em Minas Gerais, já registraram boletins de ocorrência informando que perderam dinheiro depois que fizeram PIX que seriam para reserva de um quarto. A direção do local alega que as redes sociais e o WhatsApp do estabelecimento foram hackeados.

A assistente administrativa Ana Cláudia da Silva Godinho, de 25 anos, queria se hospedar na pousada no próximo fim de semana e pelo pacote, de sexta a domingo, fez um PIX de R$ 1,1 mil.

“Estava de férias e comecei a procurar algumas pousadas na internet para viajar com meu noivo. Encontrei o Instagram e o site da Santa Vila. Aparentemente estava tudo normal e chamei no WhatsApp para mais informações”, contou.

Como foi o contato

Após realizar o PIX e mandar o comprovante, a jovem não teve mais resposta. Ana ligou para a pousada sendo informada por uma funcionária que o local foi vítima de uma “invasão digital”.

“Perdi o dinheiro e, depois disso, o criminoso ainda debochou pelo Instagram e me bloqueou. A minha indignação é porque os donos não tiraram o site do ar. Não tive nenhum tipo de apoio deles”.

Outras vítimas

A atendente de cobrança Camilla Praxedes, de 22 anos, também caiu no golpe e transferiu R$ 270. Ela já tinha se hospedado na pousada em 2019 e não teve nenhum problema.

“Estou no puerpério e queria descansar com o meu marido e minha filha de 4 meses. Fiz o PIX com a metade do valor cobrado, eu até estranhei o preço desta vez, principalmente porque tinha refeição incluída, mas me disseram que era uma promoção relâmpago e acreditei”, contou.

Pedido de ‘desculpas’

O consultor de sistema Rafael Ferreira da Costa, de 32 anos, também foi vítima. Ele pagou R$ 800 para se hospedar na pousada no último fim de semana.

“Entrei em contato na sexta pelo WhatsApp, fiz o depósito e fui para a pousada. Cheguei lá à noite, chamei no portão e ninguém atendeu”, contou.

Ao mandar mais uma mensagem, o golpista respondeu pedindo “desculpas” pelo WhatsApp. “Desculpa de verdade. Deus vai te abençoar. Só não deseja meu mal”, escreveu o golpista.

“Arrumei outro lugar para dormir e, no sábado de manhã, voltei à pousada. Os donos disseram que não poderiam fazer nada”, contou.

O que diz a pousada

Por meio de posts no Instagram, a Pousada Santa Vila lamentou o caso.

Quando acessado, o site, nesta terça-feira (3), tinha a seguinte mensagem: “Nosso antigo WhatsApp: 31 9977 – 0383 foi hackeado. Favor não encaminhar dados pessoais e não realizar nenhum tipo de pagamento”.

O que diz a Polícia Civil

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que localizou 14 registros de ocorrências sobre os fatos. No entanto, para que o caso seja investigado, é necessário que a vítima vá até uma delegacia e realize uma representação. Observe o comunicado na íntegra:

“Com os dados informados foram localizados catorze registros de ocorrência, e por se tratar de estelionato, crime de ação penal pública condicionada à representação da vítima, a PCMG orienta que as vítimas devem procurar a delegacia para formalizar a representação e prestar depoimento. Em caso de algum cidadão tenha sido vítima e/ou se sentir lesado, ele deverá procurar a unidade policial mais próxima da sua casa para registrar o boletim de ocorrência. Os fatos serão investigados e, se for constatada alguma conduta criminosa, os responsáveis poderão responder pelo crime de estelionato”.

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