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Garoto de 15 anos denuncia dentista por violência sexual

A polícia informou que o caso está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DPCA)

Redação Jornal de Brasília

09/12/2022 10h35

Foto: Reprodução

A família de um adolescente de 15 anos denunciou que o jovem sofreu violência sexual durante uma consulta médica com um ortodontista. O crime, segundo a mãe do garoto, aconteceu, na quarta (7), na sala de uma clínica em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A polícia investiga o caso de estupro de vulnerável.

Por meio de nota, divulgada nesta quinta (8), a polícia informou que o caso está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DPCA), do município. A delegada Vilaneida Aguiar é a responsável pelas apurações.

Os nomes do jovem e da mãe dele, responsável pela denúncia, não foram divulgados oficialmente para preservar a vítima. O médico que está sendo alvo de investigação também não foi identificado pela polícia.

Na nota, a corporação disse que a denúncia aponta que o adolescente foi abusado pelo dentista enquanto fazia manutenção do aparelho odontológico.

“Um inquérito policial foi instaurado e o caso segue em investigação. Outras informações poderão ser repassadas em momento oportuno”, informou o comunicado.

Em entrevista à TV Globo, a mãe do adolescente contou que deixou o garoto de 15 anos e o outro filho, de 14 anos, na clínica, por volta do meio-dia desta quarta-feira (7).

Os dois, segundo a mulher, fazem tratamento com o ortodontista há três anos. “Eles foram para o tratamento e eu fiquei em uma lanchonete, na frente da clínica”, relatou.

Ainda segundo a mãe da vítima, o garoto relatou que, primeiro, o profissional de saúde “acariciou seus órgãos genitais.”

“O meu filho disse que ele colocou o cotovelo sobre os órgãos sexuais dele, durante um procedimento. Ele afirmou que tentou se proteger”, afirmou.

A mulher prosseguiu com o relato, dizendo que, em seguida, o ortodontista segurou os braços dele, baixou o short do adolescente e praticou sexo oral.

No boletim de ocorrência, consta que o médico teria “derrubado as ferramentas de trabalho em cima dele com intuito de tocá-lo”.

O documento também aponta que a mãe denunciou que o ´profissional de saúde “ forçou o sexo oral” na vítima.

“Ele disse que isso nunca tinha acontecido antes. Ele chegou muito abalado em casa e nós fomos até a delegacia prestar a queixa”, disse a mulher.

O adolescente passou por exame de corpo de delito, segundo a mãe. O resultado deve ficar pronto em 20 dias, de acordo com o depoimento dela. Segundo a família, o pai da vítima é advogado e está acompanhando o caso.

Outros casos


No início deste mês, um médico foi denunciado por uma paciente por suspeita de estupro. O crime teria acontecido durante uma consulta, numa clínica localizada no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. O suspeito de ter praticado o crime foi um cardiologista de 74 anos, que foi levado à delegacia.

Em setembro deste ano, um médico foi afastado do trabalho após as denúncias de estupro de paciente durante uma consulta em uma policlínica da rede pública na Zona Sul do Recife.

Levado pela Polícia Militar, o médico chegou a ser ouvido na delegacia. A prisão não aconteceu por falta de flagrante, de acordo com informações da Polícia Civil.

Em agosto deste ano, um ginecologista suspeito de cometer violação sexual mediante fraude contra mais de 14 mulheres foi preso na pela polícia.

Contra ele, havia dois mandados de prisão, um deles expedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e outro pelo de São Paulo.

Em 2018, a polícia começou a investigar uma denúncia de estupro feitas por uma paciente de 18 anos contra um médico, em uma sala da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife.

A vítima procurou a Delegacia da Mulher, na área central da capital, e relatou ter sido abusada pelo profissional de saúde, horas antes.

Ao longo da investigação, a polícia descobriu que, ao todo, 12 mulheres tinham sido abusadas pelo médico Kid Nélio de Souza Melo.

Em fevereiro de 2019, ele foi condenado pela Justiça a 12 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.

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