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Delegada conclui caso de adolescente que forjou acusação de estupro

A aluna havia sofrido uma situação de violência sexual há alguns anos, caso que não foi denunciado ou investigado, e agora teria criado uma nova situação para denunciar o estudante

Marcus Eduardo Pereira

01/11/2019 22h28

Da Redação
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Após afirmar ter sido estuprada por um estudante da Universidade Federal do Ceará (UFC), a adolescente de 17 forjou uma narrativa de estupro por “vingança”, de acordo com a delegada Arlete Silveira, titular da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Conforme a delegada responsável pelo caso, a aluna havia sofrido uma situação de violência sexual há alguns anos, caso que não foi denunciado ou investigado, e agora teria criado uma nova situação para denunciar o estudante.

“O rapaz não tem nada a ver com a história. Foi uma vingança porque ele [o caso denunciado pela aluna] representou, simbolizou, toda uma dor coletiva, um caos coletivo, e ali julgaram ele”, explica a delegada.

A adolescente criou duas contas falsas na rede social Instagram e passou a enviar ameaças para ela mesma, mas atribuindo-as a um universitário. Contudo, conforme a delegada, nenhum rastro foi encontrado nos aparelhos eletrônicos do estudante. Já nos da jovem, a polícia encontrou.

Foto: Reprodução

Uma das mensagens dizia: “nós se encontra já, ainda bem que ‘tá’ de saia já ajuda no trabalho, tem gente te seguindo aí dentro gatinha, acho bom você ficar esperta”. Por outro perfil, ela enviou: “cansei de brincadeira. Se eu te pegar sozinha pelo Pici, não vai ter perdão eu vou fazer o que eu sempre quis com você”.

A Polícia Civil recebeu três denúncias de estupro cometido pelo mesmo aluno. Duas delas são falsas, conforme a delegada. No caso que segue em investigação, uma aluna afirma que foi vítima de estupro coletivo dentro da UFC. Conforme o depoimento dela, dois homens a seguraram enquanto um terceiro a estuprou, em abril deste ano.

O universitário ficou preso durante seis dias, em uma delegacia no Bairro de Fátima. Porém, na tarde de quinta-feira (31), a Justiça revogou a prisão após pedido da própria Polícia Civil. “A gente tem a missão de protegê-lo. Houve um linchamento virtual”, afirma Arlete Silveira. O aluno foi solto na noite de quinta.

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