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Coronavírus: professora perde 17 kg após ficar 20 dias internada em UTI de hospital; ‘pensei que iria morrer’

No dia 23 de março, professora sentiu falta de ar, cansaço, tosse e enjoos

Redação Jornal de Brasília

02/06/2020 9h46

A professora Margaret Pereria Valente, de 50 anos, perdeu 17 quilos durante o período de internação em que se recuperava da Covid-19. Foram 20 dias na enfermaria após contrair o novo coronavírus e mais 20 dias de internação na  Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Foram muitos os dias ali em que eu achei que iria morrer”, desabafou a professora ao Portal G1.

Margaret atua na Educação Especial e de Libras. Ela afirma que a doença mudou toda sua perspectiva de vida. De acordo com a professora, os sintomas começaram no dia 23 de março, quando ela sentiu falta de ar, cansaço, tosse e enjoos. Com uma série de comorbidades, entre elas, diabética, hipertensão e asma, Margareth foi até uma unidade hospitalar imediatamente, mas não chegou a suspeitar na possibilidade de estar com Covid-19.Ela foi atendida por uma médica no Pronto Socorro que receitou um remédio, após exames, e liberou a paciente para se recuperar em casa, na região de Santos-SP.

No dia 28 de março, o estado de Margareth se agravou e ela precisou voltar até o hospital. A diabetes e a pressão da professora estavam alteradas e, mesmo com a medicação, não ficavam normalizadas. Os profissionais de saúde fizeram um raio-x  na paciente. Quando os médicos viram o resultado, Margareth precisou ser internada.

No dia seguinte, o estado clínico da educadora ficou ainda pior e ela precisou ser transferida para o Hospital dos Estivadores, onde permaneceu durante todo o tratamento.

“Fui para a enfermaria dia 20 de abril onde fiquei por mais 20 dias. Lá mesmo, na UTI, uma semana antes de sair, já estava sem a máscara e só com o cateter. Na UTI tomava cerca de cinco tipos de antibióticos. Tive falência dos rins. Algo mexeu na minha parte motora, até para voltar a escrever tive muita dificuldade”, relatou Margareth ao Portal G1

Margaret chegou a se sentir com a mente confusa durante os dias de internação e recebeu atendimento psicológico virtual. 

Durante o período de internação, Margareth refletiu sobre o que tem sido prioridade em sua vida. Após passar por toda essa experiência, a professora decidiu mudar os hábitos alimentares e iniciou a prática de exercícios físicos. “As pessoas precisam acreditar que a doença está aí e precisam se cuidar. Aprendi muito. Eu, obesa, vivia de hambúrguer, lanches e pizza. Agora cortamos tudo isso. Não dá para continuar sendo a mesma pessoa em nenhum sentido, seria ser muito ignorante e não valorizar a vida. Agora só vivemos de legumes, salada e proteína. No final, sou muito grata por ter vencido a doença e ter tido a chance de recomeçar”, conclui.

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