A catarinense Tayana Fernandes Fortunato, de 31 anos, abandonou um emprego estável, de 8 horas por dia e seis vezes por semana, e foi viajar por estados brasileiros em 2022.
Desde maio de 2022, quando deixou Florianópolis para uma viagem sem data de retorno e roteiro pronto, Tayana faz voluntariado e divide o tempo conhecendo as praias do Nordeste do Brasil com o trabalho em hostels, que troca por hospedagem, e massagens que faz pelo caminho.
Nas horas vagas, vai à praia, conhece novas pessoas e está em contato constante com a natureza. Durante entrevista ao g1 SC, ela estava saindo de Itacaré com destino à Praia da Engenhoca, na Bahia.
“Com a pandemia, a gente teve mais tempo para pensar sobre a nossa vida, o que a gente estava fazendo dela. Eu tive esse tempo e comecei a ver que estava gastando muita energia com o que eu não gostava. Foi onde começou todas as mudanças e hoje já mudou tudo”, afirma.
A flexibilidade no trabalho e o repensar a carreira não é exclusividade de Tayana. Assim como a catarinense, 620,242 pessoas em Santa Catarina pediram demissão nos últimos 12 meses até julho. O Estado teve o maior número de pedidos de desligamentos no período, segundo dados da LCA Consultores, que utiliza os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No país, foram 6,467 milhões de pedidos de demissão nesse período, o que representa 32,4% do total de desligamentos de trabalhadores com carteira assinada no período.
Além de Itacaré, a catarinense natural de Florianópolis, já visitou o Rio de Janeiro e Arraial d’Ajuda. Nesta quinta-feira (1), ela estava em Salvador.
“Eu me sinto feliz com essa escolha. Isso está fazendo eu me conhecer melhor, aprender muitas coisas, trocar conhecimento e, também, fazer um esforço para conseguir as coisas”, complementa.