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Cantora gospel agredida pelo marido em shopping diz que era ameaçada com arma

“Muitas das brigas aconteciam porque eu não queria ter relações sexuais sempre, mas ele não aceitava isso”, relatou a vítima

Redação Jornal de Brasília

26/11/2020 10h04

A cantora gospel Quesia do Carmo Freitas, que foi agredida pelo companheiro em um shopping do Rio de Janeiro, afirmou em entrevista ao Portal Extra que o marido já ameaçou jogá-la da sacada. Na ocasião, o suspeito teria usado uma arma e ainda tentado estrangular a vítima.

O casal estava junto há um ano e três meses e brigava constantemente, conforme relatou Quesia. A mulher, de 35 anos, foi agredida por Bruno Feital, também de 35 anos, em um shopping no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

A cena de violência ocorreu no sábado (21) e foi registrada pelo irmão da vítima, Juninho Black, que denunciou o caso à polícia. Posteriormente, Quesia também entrou com um pedido de medida protetiva contra Bruno. No entanto, a vítima omitiu detalhes da relação conturbada e dispensou de realizar um exame de corpo de delito.

Quesia, que é mãe de três filhos, diz que se arrependeu de ter voltado com Bruno. Ao todo, a vítima já havia pedido o arquivamento de duas queixas na polícia e dois pedidos de medida protetiva que foram movidos contra o acusado. No entanto, após a intervenção do irmão, Quesia decidiu denunciar o agressor.

O cantor gospel Juninho Black compartilhou o vídeo em que a irmã aparece sendo agredida no shopping.

De acordo com a vítima, as agressões e as ameaças ocorriam desde o início do casamento.

“Ele sempre me ameaçou, dizia que iria me matar, que iria me jogar da sacada, que tinha coragem para isso. Já me ameaçou com uma arma diversas vezes e até tentou me estrangular em uma das brigas que tivemos”, desabafou ao Portal Extra.

Ainda de acordo com Quesia, no último sábado Bruno estava irritado porque não havia encontrado um achocolatado que procurava. Na sequência, o casal foi assistir um filme, mas o suspeito começou a reclamar das roupas que a vítima usava e das fotos que ela tirava. Após ser questionado pela esposa, Bruno iniciou as agressões.

Relacionamento conturbado

O casal se conheceu em agosto de 2019, e no dia 10 de outubro do mesmo ano o namoro virou casamento. Um dia depois da cerimônia, o primeiro caso de agressão: ambos foram parar na delegacia, com ele enquadrado na Lei Maria da Penha.

“O meu inferno começava à noite e ia até a madrugada. Eu só rezava para acabar logo. Muitas das brigas aconteciam porque eu não queria ter relações sexuais sempre, mas ele não aceitava isso. Nem mesmo quando eu estava com cinta médica após uma cirurgia ele respeito. Já tive relações sexuais chorando, porque ele me obrigava. Ele usava a minha religião e dizia que ‘mulher não tem que negar'”, relatou a vítima.

Três dias depois, ela entrou com uma pedido de medida protetiva, que foi concedida pela Justiça do Rio por 90 dias e que obrigava o agressor a ficar a 400 metros de distância dela. No entanto, após pedidos de desculpas, Quesia aceitou retirar a queixa e voltou para o marido.

Além disso, a cantora afirmou que o suspeito também teria a ameaçado com uma arma que havia pegado emprestada com um amigo. As ameaças ocorriam quando Quesia afirmava que iria embora e se separar.

A segunda queixa na polícia ocorreu em abril deste ano, que culminou com o pedido de divórcio e a segunda medida protetiva, desta vez, de 200 metros.

Quatro meses depois, Quesia aceitou aceitou mais um pedido de desculpas do agressor e retirou a medida protetiva. No entanto, ela relatou que a relação se tornou insuportável nesses últimos três meses.

A polícia aguarda pelo comparecimento de Bruno na delegacia. As imagens publicadas nas redes sociais e as das câmeras de segurança do shopping vão ser anexadas ao processo e analisadas.

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