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Bebês nascidos de barriga de aluguel ficam para trás em meio a conflito na Ucrânia

Anualmente, em tempos normais, milhares de crianças nascem dessa forma, e grande parte dos clientes são estrangeiros

Redação Jornal de Brasília

16/03/2022 9h04

Foto: Reprodução

Por conta dos conflitos armados na Ucrânia, muitos pais não puderam ir até o país para conhecer seus filhos. Em Kiev, uma clínica improvisada na periferia tornou-se uma maternidade para 21 bebês que nasceram de barriga de aluguel e que ainda não foram levados pelos pais.

Os bebês que estão na capital nasceram em maternidades e foram levados à clínica para sua segurança.

De acordo com uma das enfermeiras que trabalha no local, Oksana Martynenko, nem ela e suas colegas puderam retornar para suas casas desde o dia 24 de fevereiro, quando o país foi invadido pela Rússia.

“Não é culpa deles [dos bebês] o que aconteceu, não é culpa dos pais que não puderam resgatá-los, então nós ficamos aqui, aguentando e ajudando-os com o que pudermos”, afirma ela.

O ambiente é simples. Os recém-nascidos não têm todo o aparato necessário, e ficam em camas de plástico. Frequentemente as enfermeiras cuidam de mais de um bebê ao mesmo tempo.

Segundo a equipe, dois casais chegaram a Kiev, um da Alemanha e outro da Argentina. No entanto, ainda não está claro se poderão sair com seus filhos.

A Ucrânia é um dos poucos países que permitem a prática, portanto, tornou-se um centro para barrigas de aluguel. Anualmente, em tempos normais, milhares de crianças nascem dessa forma, e grande parte dos clientes são estrangeiros.

Entretanto, a prática já foi criticada e questionada por grupos que lutam pelos direitos humanos. Eles alegam que as mulheres que servem de barriga de aluguel têm de arcar com custos físicos e psicológicos.

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