Menu
Na Hora H!

Avó de mulher acusada de torturar bebê desabafa

Ela contou que encaminhou a bebê a uma unidade de saúde após suspeitar das agressões

Redação Jornal de Brasília

09/03/2021 8h33

Foto: Reprodução

A avó da mulher acusada de torturar uma bebê de 6 meses desabafou em entrevista ao G1, após a prisão da neta. A vítima foi internada com sete fraturas. O caso ocorreu em Praia Grande, no litoral paulista,

“Revolta, porque o tempo todo eu falei para ela que estava acontecendo algo com a menina, e ela escondia de mim”, disse a idosa.

Ela contou que encaminhou a bebê a uma unidade de saúde após suspeitar das agressões.

“Minha neta sempre falava que ela ‘tomou vacina, bateu, virou’, mas uma criancinha de 4 meses nem se virava. Teve uma vez que aconteceu mais forte, e eu que socorri, fiquei um pouco nervosa”, explicou a idosa.

A idosa ainda relatou que os pais da neta morreram há um ano, e a família tem passado por momentos difíceis.

“Já vem um sofrimento na família, porque a minha filha, que é mãe dela [da suspeita], faleceu faz um ano. Desde então, ela se achou sozinha de parentes, e começou, como qualquer jovem, a extrapolar”, disse.

A avó da suspeita relata que a neta não aparentava ser agressiva com a criança e que não sabe o que ocorreu. Além da jovem, o companheiro dela também é suspeito do crime. No entanto, ambos negam ter cometido as agressões.

“Ela, na nossa frente, se mostrava uma mãe zelosa. Agora, atrás, na casa dela, sozinha, eu não sei o que acontecia. A menina é uma criança muito boa, muito bem amada e cuidada por toda a família. Como eu tinha perdido minha filha, ela veio para fechar um pouco essa lacuna de sofrimento. Não sei o que fizeram, nem por qual motivo fizeram, e não posso falar nada, porque não sei”, finaliza a idosa.

Entenda o caso

Um casal foi preso, na madrugada desse domingo (7), por torturar um bebê de 6 meses. Segundo a Polícia Civil, um familiar dos suspeitos já havia denunciado os suspeitos em janeiro deste ano.

O caso ocorreu em Praia Grande, no litoral paulista. O familiar havia registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, e o Conselho Tutelar apurava o caso.

Posteriormente, o bebê foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude com sete fraturas. Os suspeitos alegaram que as lesões foram causadas por uma queda. No entanto, a equipe médica acionou o Conselho Tutelar, que passou a apurar o caso.

O resultado do laudo pericial feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande apontou que a menina possuía seis fraturas na costela e uma na clavícula, causadas em diferentes momentos. Em seguida, o casal foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Civil, um parente dos suspeito denunciou que a criança sofria agressões. O boletim de ocorrência foi registrado em 6 de janeiro.

Conforme o documento, a testemunha alegou que a criança era vista com diversas marcas e hematomas, desde 19 de dezembro de 2020. Na época, a mãe da criança havia iniciado um relacionamento com o atual companheiro.

O casal foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Sede de Praia Grande. A menina está internada em um hospital, onde recebe atendimento médico.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado