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Americano é inocentado de estupro após quase cinco décadas

O caso foi considerado pelo Innocence Project, como a mais longa condenação injusta da história americana a ser anulada por novas evidências de DNA

Redação Jornal de Brasília

06/09/2023 9h07

Foto: Reprodução

Após quase cinco décadas atrás das grades por um crime que não cometeu, Leonard Mack, residente na Carolina do Sul, finalmente conquistou sua liberdade em uma audiência emocionante na terça-feira (05).

A juíza da Suprema Corte do Estado, Anne E. Minihan, anulou a condenação que pesava sobre Leonard Mack desde 1976. Durante mais de sete anos, Mack enfrentou uma pena que o privou da liberdade por um crime que ele não cometeu. Ele havia sido considerado culpado de estuprar uma adolescente e tentar estuprar outra.

Entretanto, avançados testes de DNA, realizados após décadas de injustiça, provaram que Mack não estava envolvido nos ataques. As novas evidências apontaram para um agressor sexual que recentemente confessou os crimes perturbadores, de acordo com informações do Gabinete do Procurador Distrital de Westchester.

O trágico episódio começou em 22 de maio de 1975, quando duas estudantes do ensino médio foram forçadas, sob a ameaça de uma arma, a entrar na floresta na cidade de Greenburgh. Ambas as jovens foram brutalmente amarradas, vendadas e amordaçadas, e uma delas foi estuprada duas vezes, enquanto o agressor tentava agredir sexualmente a outra vítima.

Leonard Mack acabou sendo preso horas após o crime, principalmente porque se ajustava à descrição do suspeito: um homem negro com brinco e chapéu, como informou o Gabinete do Procurador Distrital.

Embora Mack tenha apresentado álibis e testemunhas em sua defesa durante o julgamento, ele foi considerado culpado por um júri de estupro em primeiro grau e posse criminosa de arma em segundo grau.

Mesmo atrás das grades, Mack não desistiu de contestar sua condenação injusta, buscando justiça ao longo das décadas de 1980. No entanto, seus esforços foram continuamente contestados pelo gabinete do promotor público de Westchester e rejeitados pelos tribunais.

A audiência de terça-feira foi um momento verdadeiramente emocional, com a juíza saindo do banco para abraçar Leonard Mack, conforme registrado pelo Projeto Inocência. Imagens da sala de tribunal mostraram Mack enxugando lágrimas e levantando a mão ao sair do prédio do governo.

Embora o homem que confessou o estupro não tenha sido identificado pelas autoridades, ele não pode ser acusado devido à prescrição do caso.

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