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Advogado acusado de homofobia anexa fotos de pornô gay em processo

“Na Rússia não tem passeada gay. Vai ser veado lá na Rússia para ver o que acontece”, disse o advogado

Redação Jornal de Brasília

11/02/2021 8h32

Para se defender de uma acusação de homofobia, o advogado Celso Vendramini anexou uma série de fotos de homossexuais praticando sexo em locais públicos ao processo. O Ministério Público realizou a denúncia em 2019, após um ato de homofobia de Celso contra uma promotora.

A promotora Cláudia Ferreira Mac Dowell agia como parte acusatória em um processo em que dois policiais eram julgados por terem matado dois suspeitos de crimes. Na ocasião, Celso teria dito que é fã do presidente russo Vladimir Putin. “Na Rússia não tem passeada gay. Vai ser veado lá na Rússia para ver o que acontece”, disse o advogado.

De acordo com o colunista Rogério Gentile, a frase não possui qualquer relação com a sessão que estava ocorrendo. No entanto, Cláudia Ferreira Mac Dowell é lésbica.

Celso também teria perguntado se ela era casada e fez referência à aliança que a mulher usava na mão esquerda.

No processo em que é acusado de homofobia, o advogado alega que não sabia dos “gostos ou preferências sexuais” da promotora, e que não “pregou repressão, segregação ou qualquer coisa em desfavor dos homossexuais”.

Além disso, ele afirma que anexou as fotos obscenas para expor suas convicções religiosas e valores morais. O processo ainda não foi julgado.

“Se Vendramini entendeu que, naquele caso, convenceria os jurados através da contraposição dos valores conservadores da ideologia de direita e dos valores da ideologia de esquerda, a ninguém é dado o direito de questionar sua escolha”, afirmou o advogado do acusado.

Em contrapartida, a promotoria enfatiza que “é certo que Vendramini ofendeu a dignidade e o decoro da promotora de Justiça, cuja opção (sic) sexual é pública e notória, por todos conhecida”.

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