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Redes sociais denunciam uso de gás lacrimogêneo em protestos no Irã

Segundo vídeos circulando nas redes sociais, uma multidão cantava slogans contra as autoridades na famosa praça Azadi (“liberdade”) em Teerã

Redação Jornal de Brasília

13/01/2020 14h11

Iranians chant slogans and hold a placard reading in Farsi “Your mistake was unintentional, your lie was intentional” during a demonstration outside Tehran’s Amir Kabir University on January 11, 2020. – Demonstrations broke out for a second night in a row after Iran admitted to having shot down a Ukrainian passenger jet by mistake on January 8, killing all 176 people on board. (Photo by STR / AFP)

Bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas na noite de domingo para dispersar protestos contra o governo no Irã e pelo menos uma pessoa ficou ferida, segundo vídeos que circulavam nas redes sociais nesta segunda-feira.

Protestos foram realizados no domingo pela segunda noite consecutiva depois que as forças armadas iranianas finalmente admitiram que o voo PS572 da Ukrainian Airlines, que caiu em 8 de janeiro após decolar de Teerã, foi abatido por um míssil disparado “por engano” enquanto a defesa do país estava em um nível de alerta de “guerra” por medo de um ataque americano.

Horas antes da tragédia, o Irã havia disparado mísseis contra duas bases que abrigavam soldados americanos no Iraque, em resposta à morte em 3 de janeiro em um ataque de drone americano do poderoso general iraniano Qassem Soleimani em Bagdá.

O anúncio da responsabilidade das forças armadas no acidente criou uma onda de indignação no país.

Segundo vídeos circulando nas redes sociais, uma multidão cantava slogans contra as autoridades na famosa praça Azadi (“liberdade”) em Teerã.

Vários vídeos, incluindo alguns compartilhados pelo Center for Human Rights in Iran – uma ONG com sede em Nova York – parecem mostrar manifestantes gritando e se dispersando enquanto bombas de gás lacrimogêneo são disparadas no meio de uma multidão na rua Azadi, que leva à praça.

A AFP não conseguiu verificar de forma independente a hora e o local exatos desses vídeos, que geralmente são compartilhados via Telegram ou outros serviços de mensagens.

No entanto, a AFP não encontrou nenhum vestígio desses vídeos na internet antes de sua publicação nos últimos dias.

Em um dos vídeos, uma mulher parece ter caído na calçada, manchada de sangue e é levantada por várias pessoas, algumas das quais gritam “ela foi baleada”.

Em outros, publicados como imagens de uma manifestação na cidade de Amol, junto ao Mar Cáspio, se pode ver uma multidão desfilando nas ruas aos gritos de “não queremos a República Islâmica”.

A televisão estatal divulgou na noite de sábado uma manifestação em Teerã, observando que os manifestantes gritavam slogans “antirregime”.

Agence France-Presse

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