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Na luta contra o novo coronavírus, dexametasona é o primeiro medicamento que salva vidas

Barato e amplamente disponível, tratamento com esteroides em baixa dose de dexametasona pode reduzir em um terço a mortalidade entre vítimas da covid-19

Redação Jornal de Brasília

16/06/2020 10h19

Um medicamento barato e amplamente disponível pode ajudar a salvar a vida de pacientes gravemente doentes com novo coronavírus. O tratamento com esteroides em baixa dose de dexametasona é um grande avanço na luta contra o vírus mortal, dizem especialistas do Reino Unido, segundo informações da BBC.

A droga faz parte do maior teste do mundo testando os tratamentos existentes para verificar se eles também funcionam para o novo coronavírus. 

Redução de 1/3

O tratamento com dexametasona reduz em um terço a mortalidade entre os pacientes mais graves de covid-19, de acordo com os primeiros resultados de um grande teste clínico anunciados nesta terça-feira (16).

“A dexametasona é o primeiro medicamento que observamos que melhora a sobrevivência em caso de covid-19”, anunciaram os autores de um estudo clínico randômico que recebeu o nome de Recovery. A droga foi aplicada em doses de 6 mg uma vez por dia em 2.104 pacientes no Reino Unido, que fizeram parte do teste.

Com base nesses resultados, os pesquisadores apontam que, com o tratamento, uma morte seria evitada entre cada oito pacientes ventilados ou para cada 25 pacientes que necessitem apenas de oxigênio.

Diversos tratamentos

A dexametasona é um glicocorticoide sintético que faz parte da classe dos corticosteroides. Altamente antiinflamatório e imunossupressor, é usado em doenças reumatológicas e alérgicas como asma, por exemplo. 

Também pode ser usada em tratamentos intensivos e de curto prazo em casos de doenças reumatológicas, distúrbios da pele, alergias, transplantes, tumores e problemas oculares, pulmonares, gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.

A dexametasona não pode ser usada por pessoas que sejam alérgicas (ou tenham conhecimento de que alguém da família tenham tido reação semelhante) ao seu princípio ativo ou a qualquer outro medicamento da mesma classe, bem como a algum componente de sua fórmula. O medicamento deve ser usado com precaução em casos de diabetes, úlcera estomacal, osteoporose, doenças psiquiátricas, problemas no fígado ou rins, hipertensão, catarata ou glaucoma, herpes ativo, insuficiência cardíaca, tuberculose, entre outros. 

Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus que matou mais de 437.000 pessoas em todo o mundo.

Com Estadão, UOL e AFP

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