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Mundo

México oferece asilo político para Evo Morales após renúncia

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, elogiou Evo no Twitter por ter renunciado para apaziguar a conturbada situação na Bolívia

Lindauro Gomes

11/11/2019 8h45

(FILES) In this file handout picture released by the Venezuelan presidency and taken on May 2, 2006 Bolivian President Evo Morales waves to the press during a meeting with Venezuelan President Hugo Chavez (out of frame) at Quemado presidential Palace in La Paz. – Bolivian President Evo Morales resigned on November 10, 2019, caving in following three weeks of sometimes-violent protests over his disputed re-election after the army and police withdrew their backing. (Photo by HO / Venezuelan Presidency / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / VENEZUELAN PRESIDENCY / HO” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

México ofereceu asilo político ao ex-presidente Evo Morales, que renunciou à presidência da Bolívia neste domingo (10/11/2019). A embaixada mexicana em La Paz deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Evo nos últimos dias, informou o chanceler mexicano Marcelo Ebrard.

“O México, conforme sua tradição de asilo e não intervenção, recebeu 20 personalidades do Executivo e do legislativo da Bolívia na residência oficial em La Paz, de modo que ofereceríamos asilo também a Evo Morales”, escreveu Ebrard em conta no Twitter.

 

 

Em uma mensagem anterior, Ebrard denunciou que na Bolívia “há uma operação militar em curso” e classificou o ocorrido de “golpe”.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, elogiou Evo no Twitter por ter renunciado para apaziguar a conturbada situação na Bolívia, abalada por manifestações opositoras, um motim de policiais e o pedido de militares para que renunciasse.

“Reconhecemos a atitude responsável do presidente da Bolívia, Evo Morales, que preferiu renunciar a expor seu povo à violência”, escreveu López Obrador.

Obrador disse em coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira dará uma posição mais ampla sobre a situação na Bolívia. Pela manhã, em um vídeo nas redes sociais, havia apoiado as novas eleições convocadas por Evo.

No poder desde 2006, Evo Morales era o presidente latino-americano há mais tempo no poder. Ele renunciou após uma escalada de tensão desde 20 de outubro, quando venceu as eleições sob acusações de fraudes. A Organização dos Estados Americanos (OEA), que fez uma auditoria no processo eleitoral, afirmou haver numerosas irregularidades no processo eleitoral.

Na manhã de domingo, Evo havia anunciado que convocaria novas eleições. Mas, no fim da tarde, menos de uma hora depois de ele perder o apoio das Forças Armadas, comunicou a renúncia.

“Eu me demiti do cargo de presidente para que não continuem perseguindo os líderes sociais. Não queremos confrontos”, afirmou Evo, ao dizer que pretendia, com o ato, a “pacificação” e a “volta da paz social” ao país.

 

Estadão Conteúdo

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