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Mundo

Gafanhotos: nova nuvem dos insetos se forma no Paraguai

Dessa vez a situação é diferente. A nuvem comporta cerca de 400 milhões de gafanhotos e o tamanho aproximado de dez quilômetros quadrados

Redação Jornal de Brasília

17/07/2020 15h14

Fatores como temperatura acima da média e o inverno seco contribuíram diretamente para a formação de uma nova nuvem de gafanhotos no Paraguai. O governo brasileiro monitora os insetos com a ajuda de outros países da América do Sul e técnicos paraguaios.

Dessa vez a situação é diferente. A nuvem comporta cerca de 400 milhões de gafanhotos e o tamanho aproximado de dez quilômetros quadrados. De acordo com as análises, os insetos estão indo em direção a Argentina. 

“Estamos acompanhando de perto as duas nuvens, em colaboração com técnicos da Argentina, Paraguai e de outros países da região”, disse Carlos Goulart, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura

A formação da nuvem aconteceu devido ao clima seco e mais quente que interrompeu a hibernação dos gafanhotos. Nos meses de frio, normalmente eles ficam mais quietos e não acasalam com frequência. 

“As temperaturas pouco frias e a menor umidade costumam acelerar o metabolismo dos gafanhotos”, disse Goulart sobre a mudança de comportamento dos insetos. 

A grande preocupação do governo brasileiro é que as nuvens de gafanhotos possam chegar ao país e prejudicar a agricultura. Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul são importantes produtores de grãos e podem ser afetados pelos insetos. 

Por enquanto, o risco de os insetos chegarem ao país é pequeno. “Mas é preciso fiscalizar constantemente, como estamos fazendo, porque uma corrente de vento mais forte pode acelerar em até 100 quilômetros por hora o deslocamento da nuvem”, finalizou. 

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