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EUA registram mais de 2.700 mortes por coronavírus em 24 horas; segunda onda pode ser ainda pior

Total de falecidos chega a 44.845, enquanto casos infecções atingem marca dos 820.000

Redação Jornal de Brasília

22/04/2020 7h12

O número de mortos pela COVID-19 nos Estados Unidos aumentou bastante nas últimas 24 horas, com um registro nesta terça-feira de 2.751 mortes, contra as 1.400 da segunda-feira, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins.

Assim, o total de falecidos chega a 44.845, enquanto os casos infecções atingem a marca dos 820.000, até as 20H30 locais, de acordo com o balanço.

Com base em dados oficiais de diferentes países, os Estados Unidos são os mais afetados, mesmo quando o presidente Donald Trump acusa a China de mentir e sobre o total de mortes.

O recorde anterior de óbitos em 24 horas também foi registrado pelos Estados Unidos com 2.500 em 15 de abril.

Enquanto isso, cerca de 75.000 americanos se recuperaram.

“Eu vejo a luz no fim do túnel”, reiterou Trump nesta terça durante sua entrevista coletiva diária sobre a COVID-19.

A situação melhora acentuadamente na cidade de Nova York, que registra 14.000 mortes relacionadas ao coronavírus, bem como em Chicago, Boston, Nova Orleans e Detroit, disse Deborah Brix, que faz parte da célula de crise para o vírus da Casa Branca.

Ela acrescentou que uma melhora foi observada nos estados de Rhode Island e Connecticut, perto de Nova York.

Mas indicou que nenhum sinal positivo foi registrado na região da capital federal.

Segunda onda 

Uma segunda onda de coronavírus nos Estados Unidos pode ser ainda mais desastrosa porque provavelmente coincidiria com a temporada de gripe, afirmou Robert Redfield, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doença (CDC).

Redfield pediu aos americanos que se preparem nos próximos meses e que tomem a vacina contra a gripe.

“Existe a possibilidade de que o ataque do vírus em nossa nação no próximo inverno seja realmente mais difícil do que o que acabamos de atravessar”, declarou Redfield em uma entrevista ao jornal Washington Post publicada na terça-feira à noite.

“Nós teremos a epidemia de gripe e a epidemia de coronavírus ao mesmo tempo”, completou.

Bilhões de pessoas no mundo receberam a ordem de permanecer em suas casas nas últimas semanas para tentar evitar o colapso dos sistemas de saúde por uma propagação em larga escala do vírus, altamente contagioso.

Como em muitos outros países, as autoridades americanas encontram dificuldades para garantir o número suficiente de respiradores para os pacientes e equipamentos de proteção para os profissionais da saúde.

Redfield disse que o vírus chegou aos Estados Unidos justamente quando a temporada de gripe, que por si só pode aumentar a pressão sobre centros de saúde, estava se dissipando.

Se as duas doenças tivessem atingido o pico ao mesmo tempo, afirmou ao Post, “poderia ter sido muito, muito, muito difícil” para o sistema de saúde administrar.

Tomar a vacina contra a gripe “pode permitir que exista uma cama de hospital disponível para sua mãe ou avó, caso elas sejam infectadas com o coronavírus”.

© Agence France-Presse

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