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JBr Saúde #010 – A fé faz bem à saúde

Há dois anos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estabeleceu diretrizes que mostram como a espiritualidade atua positivamente no controle da pressão arterial

Redação Jornal de Brasília

13/05/2021 9h58

JBr Saúde

O paciente chegou ao consultório com um câncer de fígado, com metástase. Por conta da sua espiritualidade, aferrou-se em orações e outras atitudes positivas. Alguns meses depois, apresentou melhoras. O câncer reduziu-se. O paciente se curou. O caso foi relatado na edição de hoje do JBrSaúde, programa feito em parceria com o grupo Imagem&Credibilidade, apresentado por Estevão Damázio, pelo cardiologista Renault Matos Ribeiro Júnior, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretor médico da Clínica Cardios Vita.

Certamente, a espiritualidade não foi o único fator a produzir a melhora no paciente. Mas a sua atitude positiva, a sua crença, foi importante para alcançar o resultado. Renault é um estudioso da relação que há entre espiritualidade e saúde. Hoje, há já um consenso quanto a essa relação. No caso dos problemas do coração, a Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou, há dois anos, diretrizes que apontam como a espiritualidade e os fatores psicossociais atuam positivamente para o controle da pressão arterial, do nível de colesterol e outras questões relativas à saúde cardíaca.
Ao falar sobre espiritualidade, Renault Matos Ribeiro Júnior não fala exatamente em religiosidade. Mas em determinadas atitudes diante da vida que contribuem para reduzir o nível de estresse e de ansiedade nas pessoas, contribuindo, assim, para uma vida mais saudável. “Com certeza, perdão e gratidão controlam a pressão” afirma ele. “Quem é capaz de perdoar é capaz de ser mais grato, e isso gera repercussões positivas no organismo, em especial a pressão arterial”.

“A espiritualidade não vai alterar o seu corpo”, continua Renault. “Fazer crescer um membro amputado. Resolver uma sequela. Mas existem alguns parâmetros onde a melhoria é percebida”, aponta ele.

Segundo ele, quanto maior for o envolvimento da pessoa na busca por ações positivas maior a sensação de bem estar. O resultado que gera, por exemplo, fazer uma doação de caridade é menor do que a sensação quando a pessoa vai até o orfanato ou escola para onde fez a doação, vê de fato os resultados efetivos do seu gesto de caridade. “Quanto maior a participação mais se hipertrofia a espiritualidade. Fazer o bem faz bem para a saúde”.

Em contrapartida, aponta Renault que as atitudes negativas diante da vida atrapalham da mesma forma a saúde. “Rancor, dificuldade de perdoar, amargura, são atitudes que não são saudáveis”, diz ele. Tais pessoas, aponta ele, terão maior dificuldade de aceitar um diagnóstico, a recomendação de um tratamento ou medicação.

No caso da pandemia da covid-19, o conjunto de situações exige a importância dessa postura. “Além da coronavírus, há um vírus mental também”, diz ele. “O medo excessivo torna o problema maior do que é. Outro problema provocado pela falta de otimismo e espiritualidade é achar que está sozinho diante dos desafios do tempo atual”, continua. “A vacinação vai achatar curvas de infecção, mas não é a única coisa. Precisamos nos fortalecer espiritualmente, nos encher de esperança”, conclui Renault.

O JBrSaúde vai ao ar todas as quintas-feiras no site do Jornal de Brasília.

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