Há pouco mais de dois meses no comando da equipe, Silas não encontrou facilidades ao desembarcar no Ceará. Tanto que pediu presença de dirigentes no dia a dia para se adaptar ao trabalho alvinegro enquanto ajustava o elenco aos seus ideais. A entonação deu tão certo que o treinador faturou seu primeiro torneio regional da carreira.
“Quando cheguei só pedi para a diretoria acompanhar o trabalho, ver os treinos, ver o que eu estou fazendo. Entender a filosofia que utilizo, para assim eu saber quando o rumo é o certo”, revela o técnico, que optou por esta estratégia por prever problemas que tinha pela frente.
“Todo treinador vai passar por dificuldade e é a hora que a diretoria banca a gente, por acreditar no trabalho lá na frente. E a confiança foi construída daí e o trabalho fluiu”, explica Silas. “Esse título veio para coroar o trabalho feito no clube nos últimos anos.”
A campanha do Ceará na Copa do Nordeste teve percalços, mas a manutenção da invencibilidade esclarece quão robusta foi a equipe durante todo o torneio. Talvez o momento mais crítico tenha sido a semifinal contra o Vitória, quando o Vozão precisou de um pênalti nos minutos finais para avançar pelo critério de gols fora de casa.
Na final o Vozão sobrou. Fez vantagem dentro da Fonte Nova lotada e consolidou o título a cada minuto da partida de volta, abrindo placar suficiente para a torcida alvinegra comemorar muito antes do apito final. Título histórico para o Ceará que dá ainda maior tranquilidade a Silas.