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Futebol

Jogador brasileiro morre de infarto no Cazaquistão

Arquivo Geral

18/09/2006 0h00

O atacante brasileiro Nilton Pereira Mendes, que tinha 30 anos e há cerca de oito atuava no Cazaquistão, faleceu nesta segunda-feira, vítima de infarto. O ala de futsal Cacau, que também trabalha no país e era amigo do jogador, divulgou a informação.

Nilton, que defendia o Shakhtyor de Karagandá, queixou-se de dores no peito ao massagista do clube durante o treinamento da tarde desta segunda. Com a pressão muito alta, ele foi conduzido de ambulância ao hospital mais próximo, começou a espumar pela boca e teve uma parada cardíaca. Segundo Cacau, o corpo do atacante ainda será submetido a uma autópsia para esclarecer a causa da morte.

O jogador de futsal, no entanto, lembra que o amigo já havia apresentado o mesmo sintoma há pouco tempo. “Uma semana atrás, ele sentiu uma dorzinha no peito e não conseguiu nem fazer a sauna, que eles costumam fazer depois dos jogos. Ele disse que deu uma acelerada no coração e, agora, aconteceu isso”, lastimou.

Cacau ficou assustado com a morte repentina do jogador. “A gente fica com muito medo. Aqui, no Cazaquistão, a medicina é horrível. Eu até já pensei em trazer um médico do Brasil para cá”, contou. “Outro dia mesmo, meu time ia jogar uma competição importante e receitaram um remédio com substâncias proibidas para dois jogadores. Eles não puderam atuar”, exemplificou.

O ala soube da morte de Nilton através do presidente do Shakhtyor e foi encarregado por ele de transmitir a informação à família do amigo, que vive em Limeira, interior de São Paulo. “Foi muito difícil. O presidente garantiu que cumpriria com o contrato, todas essas coisas, mas isso fica para trás nesses momentos tristes”, comentou.

No Brasil, Nilton Pereira Mendes, natural de Governador Valadares, jogou no Atlético-MG e na Internacional de Limeira. “Ele era pouco conhecido aí, mas era um grande ídolo no Cazaquistão. Aparecia até em comerciais para TV”, contou Cacau.

O falecimento do atacante do Shakhtyor se dá alguns dias após o volante Diogo, do Cruzeiro, escapar de tragédia semelhante. A história mais marcante de infarto no futebol aconteceu em 2004, quando Serginho, do São Caetano, morreu no Morumbi durante uma partida contra o São Paulo.

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