Oficializado como reforço do Arsenal na última segunda-feira, após 11 anos defendendo as cores do rival Chelsea, Petr Cech foi alvo de diversos tipos de ameaça por meio da internet. Os torcedores, valendo-se do “anonimato” propiciado pela rede, criticaram o goleiro tcheco pela troca de clube, estendendo as ameaças a sua família e vida pessoal.
Em entrevista ao canal oficial do Arsenal, o goleiro rebateu as críticas recebidas e se mostrou seguro da escolha feita. “Os torcedores de verdade me enviaram mensagens de agradecimento e positividade. Os verdadeiros torcedores apreciam o que fiz no clube e o legado que deixei. Tiveram algumas pessoas que me mandaram mensagens negativas, mas esses não são torcedores de verdade”, falou.
A conta pessoal do atleta no Twitter ficou repleta de ameaças. Em uma das postagens, um torcedor garante: “Diga adeus para sua família pela última vez antes deles dormirem, você não vai ve-los amanhã. Sua cobra idiota”. Outra mensagem, ainda mais violenta, praguejou contra os filhos do goleiro. “Vai se f… só vi agora que o Cech assinou. F… Tomara que sua cabeça ferva e que suas crianças tenham câncer”.
Ao detalhar os motivos que o levaram a se transferir a um dos rivais do Chelsea aos 33 anos, Petr Cech alegou questões “puramente futebolísticas”. “Pensei em quantos jogos fiquei de fora na última temporada, e não estou em tempo para ficar sentado no banco. É uma questão futebolística. Foi a decisão mais difícil que eu tive que tomar. O técnico fez sua decisão e tive que fazer a minha. O Arsenal foi de encontro aos meus desejos”, explicou.
Em tempo, o tcheco ainda negou qualquer entrevero com José Mourinho, que, segundo ele, havia pedido sua permanência. “José é um dos melhores técnicos do mundo, nossa relação não mudou em nada desde que virei reserva do Courtois. Respeitamos um ao outro. Ele fez a decisão dele e eu a minha. Temos uma boa relação, eu sei que ele queria que eu ficasse, mas o jeito foi sair”, disse.